Ipece lança nova edição do Farol da Economia Cearense

29 de junho de 2022 - 11:50

As projeções do mercado apontam para uma desaceleração do crescimento da economia global. No semestre, revisões baixistas das projeções do crescimento mundial em 2022 e 2023, sugerem mais incertezas quanto a recuperação da atividade econômica, fortemente prejudicada pela pandemia, e quanto ao arrefecimento da pungente pressão inflacionária. O contínuo aumento dos preços, agravado pelas tensões da conjuntura internacional, acarretou recordes dos níveis de inflação em países de economias mais desenvolvidas. Em maio, a inflação nos Estados Unidos acumulou uma alta anual de 8,6%, a maior desde dezembro de 1981. Na Zona do Euro,

Análise acima está na nova edição – a segunda do ano – do Farol da Economia Cearense (nº 02/2022), que acaba de ser publicada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), por intermédio da Diretoria de Estudos de Gestão Pública (Digep). No Brasil, segundo o estudo, a atividade econômica se mostrou resiliente, apresentando um crescimento de 1,7% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado e de 1%, comparado ao anterior. O setor de serviços foi o grande impulsionador do PIB, mostrando um crescimento de 3,7%, em relação ao igual trimestre de 2021. Sob forte pressão da hostilidade do ambiente econômico nacional e internacional, as previsões do Focus são de que o PIB cresça em torno de 1,7%, em 2022.

No Ceará, a produção industrial de abril recuou 1,5%, em relação ao mês de março desse ano. A pesquisa de Sondagem Industrial de abril, feita pelo Observatório da Indústria, revelou menor dinamismo do setor, mas captou otimismo para os próximos meses. A permanência da confiança do empresário cearense também foi sentida no Índice de Confiança do Empresário Industrial que, em junho, atingiu 58,5 pontos. Resultado acima do registrado para o indicador em nível nacional, de 57,8 pontos. O setor de serviços empresariais não-financeiros do Ceará cresceu 20,4%, em relação ao mês de abril de 2021, com destaque para os serviços prestados às famílias que aumentou 108,5%.

De acordo com o estudo, os resultados de abril foram animadores, consolidando a recuperação do setor acima do volume pré-pandemia. O bom desempenho dos serviços no estado para os próximos meses pode ser comprometido com a permanência dos níveis elevados da inflação e dos juros. Em maio, a inflação da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) registrou a maior alta mensal do Brasil, subindo 1,41%, em relação ao mês de abril. A piora do índice foi puxada pelas categorias de habitação (+2,59%) e transportes (+2,20%). Os setores foram impactados com os aumentos da conta de energia, do gás veicular e dos combustíveis. Novos reajustes nas bandeiras tarifárias da conta de energia e nos combustíveis podem trazer mais pressão nos índices de inflação para os próximos meses.

O Ceará registrou saldo positivo de 7.472 vagas de trabalho no mês de maio. O resultado de maio foi o segundo melhor entre os estados da região Nordeste, e o quarto saldo positivo do ano. O setor de serviços foi o que apresentou o melhor desempenho, com um saldo de 4.052 vagas de emprego geradas. Os bons resultados da indústria de transformação, que gerou 566 vagas de emprego no Ceará, corroboram com as expectativas otimistas dos empresários industriais captadas nas pesquisas de confiança.

O valor exportado pelo estado do Ceará, de janeiro a maio desse ano, superou 16,0% o valor exportado do mesmo período em 2021, chegando a US$ 992,98 milhões. Na mesma base de comparação, o valor importado aumentou 90,9%, resultando num montante de US$ 2,44 bilhões. As expectativas para o comércio internacional dos próximos meses, envolvem os riscos associados a permanência da guerra entre Rússia e Ucrânia, ainda sem data para acabar, e os lockdowns na China, importante parceira comercial do Brasil e do Ceará.

PUBLICAÇÃO

O Farol da Economia Cearense, que é composto por 40 páginas, está dividido em cinco partes. A primeira apresenta as expectativas para o Cenário Mundial, enquanto a segunda mostra as perspectivas para o Cenário Macroeconômico brasileiro, observando aspectos como PIB, produção industrial, inflação, juros, câmbio, balança comercial e investimento. A terceira seção traz as expectativas para a Economia Cearense. Na quarta seção são apresentadas análises quanto à Incerteza da Economia e Confiança de consumidores e empresários. E, por fim, na quinta e última parte é feita uma Síntese das Análises e Perspectivas Econômicas. O Farol foi elaborado por Marília Rodrigues Firmiano, diretora da Digep, e por Luciana Paixão Maciel Machado, assessora Técnica da mesma diretoria, tendo como colaboradores Francisco Mário Viana Martins (Digep) e Ana Cristina Lima Maia, ambos assessores Técnicos.

Clique aqui e acesse o Farol da Economia Cearense – Nº 02 / 2022.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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