Frequência escolar do ensino médio no Ceará cresce e supera médias do Nordeste e do Brasil

22 de novembro de 2019 - 14:14

A taxa de frequência escolar do ensino médio no Ceará, por parte de jovens na faixa etária de 15 a 17 anos, apresentou crescimento de 28,8% entre o segundo trimestre de 2012 ao segundo trimestre de 2019. No curto prazo, ou seja, 2ºtrimestre/2018 ao 2ºtrimestre/2019, a elevação foi de 2,2%, resultado que coloca o Estado com média de 70%, acima do Nordeste, que teve índice de 58%, e do Brasil (66%). Esses e outros números estão no Boletim Trimestral da Juventude, que acaba de ser publicado pela Diretoria de Estudos Sociais (Disoc) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará.

A proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino fundamental completo continua apresentando percentuais acima das médias para Nordeste e Brasil, isso desde 2018T2. No entanto, houve uma redução de 1,2% no percentual entre 2018T2 e 2019T2, apesar de, no longo prazo, a variação registradas ter sido de 18,5% entre 2012T2 e 2019T2. Já o número médio de anos de estudos para jovens com idade entre 18 e 29 anos segue uma trajetória crescente. O valor médio alcançou os 11 anos de estudo, menos de 1 ano de diferença para a média nacional. No curto prazo, esse valor cresceu 0,6% (2018T2 a 2019T2), enquanto no longo prazo a variação foi de 10% (2012T2 a 2019T2).

O trabalho, de autoria do analista de Políticas Públicas do Ipece Victor Hugo de Oliveira Silva, revela que houve um crescimento da taxa de analfabetismo entre os jovens de 15 a 29 anos nos últimos dois trimestres (2019T1 e 2019T2). Esse indicador, que era de 1,26% em 2018T4, passou a 1,57% em 2019T2. No longo prazo (2012T2 a 2019T2), ainda registra-se uma queda de 49,9%, mas no curto prazo (2018T2 a 2019T2) há uma variação positiva de 17,2%. A proporção de jovens de 18 a 29 anos com ensino médio completo apresentou variação de 1.1% no curto prazo (2018T2 a 2019T2), e de 24% no longo prazo (2012T2 a 2019T2). No entanto, a proporção de jovens de 25 a 29 anos com ensino superior completo vem apresentando uma tendência de queda desde 2018T2, cuja redução no curto prazo (2018T2 a 2019T2) foi de 8.5%. No longo prazo (2012T2 a 2019T2) a variação ainda é positiva, respectivamente 45,8%;

TRABALHO 

De acordo com o estudo, a proporção de jovens de 15 a 29 anos fora da força de trabalho apresentando redução no Ceará. No curto prazo (2018T2 a 2019T2), houve uma queda de 3,1%. De acordo com Victor Hugo, apesar do aumento registrado de jovens adentrando o mercado de trabalho, a taxa de desocupação na faixa de 15 a 29 anos apresenta tendência de queda. No curto prazo, essa proporção saiu de 22% para 20,5% entre 2018T2 e 2019T2. No entanto, a variação de longo prazo (2012T2 a 2019T2) mostra um crescimento de 37,7% no indicador. Já o setor informal do mercado de trabalho é que tem absolvido os jovens: 58,4% em 2019T2. Entre 2018T2 e 2019T2, a proporção de jovens de 15 a 29 anos em ocupações informais cresceu 0,8%.

SEM OCUPAÇÃO 

O total de jovens de 15 a 29 anos que não frequentam a escola e não possuem ocupação saiu de aproximadamente 678 mil para em 2018T2 para 604 mil em 2019T4. Em termos percentuais, a proporção de jovens nessa condição saiu de 30,1% em 2018T2 para 28% em 2019T2, ou seja, uma redução percentual de 6,9%. Com o resultado, o Ceará apresenta um percentual de jovens que não frequentam a escola e não possuem ocupação (28%) inferior ao Nordeste (30%), mas ainda superior a média do Brasil (24%); • Em 2019T2, a proporção de jovens de 15 a 17 anos nessa condição é de aproximadamente 9,4% em 2019T2, e de 33,8% e 31% nas faixas etárias de 18 a 24 e de 25 a 29 anos.  A maior parcela de jovens nessa condição segue sendo mulheres, cujo percentual chegou a 35%.

Victor Hugo informa que a proporção de jovens do sexo masculino que não frequentam a escola e não possuem ocupação é de 21% em 2019T2 e que a proporção de jovens que não frequentam a escola e não possuem ocupação é maior entre pardos e negros (27,7%), e entre indígenas e asiáticos (27,4%). Entre brancos, o percentual é de 25%. Já a  proporção que não frequentam a escola e não possuem ocupação em Fortaleza chegou a 20,3% em 2019T2, 10,5% menor do que a proporção observada para o mesmo trimestre do ano anterior (2018T2). Esse percentual é também 5,4% menor do que o valor verificado no mesmo trimestre de 2012.  Apesar da região metropolitana (exclusive Fortaleza) apresentar um percentual superior ao da capital, 28,1%, houve uma redução de 23,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior (2018T2).

O ESTUDO

O Boletim Trimestral da Juventude tem como objetivo acompanhar os principais indicadores de educação e mercado de trabalho para a população cearense na faixa etária dos 15 aos 29 anos de idade. O documento fornece, aos gestores públicos e sociedade civil, informações sobre o desempenho da juventude quanto à frequência escolar, conclusão dos ciclos escolares, analfabetismo, média de anos de estudos, população jovem ativa no mercado de trabalho, desocupação, informalidade e médias salariais.  Para tanto, este boletim trimestral explora os dados da Pesquisa por Amostra Domiciliar Contínua do IBGE, iniciada em 2012. Os indicadores são calculados com periodicidade trimestral, o que permite observar flutuações ao longo do ano e compará-las com anos precedentes.

Clique aqui e acesse o Boletim Trimestral da Juventude – N 02 / 2019.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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