Frequência escolar cresce e proporção de analfabetos cai entre jovens de 15 a 29 anos no Ceará, revela estudo do Ipece

21 de fevereiro de 2019 - 13:50

A taxa bruta de frequência escolar para jovens de 15 a 29 anos apresenta crescimento tanto no curto (2017 /2018), de 0,3 por cento, quanto no longo prazo (2012/2018), de 4,7 por cento. Esse crescimento é substancialmente influenciado pelos aumentos de 9,1 por cento e 24,7 por cento na taxa de frequência de jovens de 15 a 17 anos no ensino médio, no curto e longo prazo, respectivamente. Já a proporção de jovens de 15 a 29 anos analfabetos foi reduzida em mais da metade (-53,8 por cento) entre 2012/2018, variando -17,4 por cento entre 2017/2018. Os dados estão no Boletim Trimestral da Juventude (nº 03/2018), que acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará, por intermédio da Diretoria de Estudos Sociais (Disoc),

O trabalho também revela que a proporção de jovens entre 18 e 29 anos com ensino médio completo atingiu aproximadamente 63 por cento em 2018, crescendo 22,4 por cento em relação a 2012 e 5,5 por cento em comparação a 2017.  Na faixa etária de 25 a 29 anos, a proporção de jovens com ensino superior completo aumentou 53 por cento no longo prazo (2012/2018), mas ainda representa 13,5 por cento dos jovens nessa faixa etária. O número médio de anos de estudos para jovens entre 18 e 24 anos passou a ser de 10 anos em 2018, alcançando um nível histórico. Já a diferença para a média nacional, que já foi de -0,7 anos em 2015, passou a ser de -0,3 em 2018. O Boletim Trimestral da Juventude, que tem como objetivo acompanhar os principais indicadores de educação e mercado de trabalho para a população cearense, na faixa etária dos 15 aos 29 anos.

De acordo com o autor do estudo, o analista de Políticas Públicas do Ipece Victor Hugo de Oliveira, a proporção de jovens entre 15 e 29 anos fora da força de trabalho caiu 1,9 por cento entre 2017/2018. Na faixa etária de 25 a 29 anos essa redução foi de 6,4 por cento, enquanto para jovens entre 18 a 24 anos houve crescimento de 4,1 por cento no período de um ano. No longo prazo (2012/2018), a proporção de jovens entre 25 e 29 anos nessa condição caiu 11,5 por cento. A proporção de jovens entre 15 e 29 anos desocupados caiu 10 por cento no período de um ano (2017/ 2018), queda verificada em todas as faixas etárias selecionadas. No longo prazo, a variação ainda é positiva, pois a taxa de desocupação entre os jovens não retornou aos níveis pré-crise (ou seja, anteriores a 2015). Já proporção de jovens entre 15 e 29 anos ocupados informalmente caiu 1,4 por cento entre 2017/2018, mas ainda atinge 59,3 por cento do total no último trimestre da série.

NEM-NEM

Em 2018, o Ceará – de acordo com o boletim – apresentou um total de 615,3 mil jovens, entre 15 e 29 anos, na condição de Não Estudam e Não Trabalham (nem-nem). Esse número já foi de aproximadamente 700 Mil jovens entre 2017. A proporção de jovens (entre 15 e 29 anos) que Não Estudam e Não Trabalham está retornando aos níveis pré-crise. A variação de curto prazo  (entre 2017/2018) foi de -4,1 por cento, saindo de 28,9 por cento para 27, por cento no intervalo de um ano. No entanto, a variação de longo prazo (entre 2012/2018) ainda é positiva, 3,4 por cento, enquanto que em 2012 a proporção de jovens entre 15 e 29 anos na condição de Nem-Nem era de 26,8 por cento;

Victor Hugo observa que a redução da proporção de jovens Nem-Nem na faixa etária de 15 a 17 anos, no período de um ano (entre 2017/2018), foi de 24 por cento, variação que em parte é explicada pela redução da desocupação dos jovens nessa faixa etária (-28 por cento), no mesmo período, e pelo aumento da frequência escolar (2,5 por cento). Houve reduções de curto prazo em todos os subgrupos etários, por gênero, e por raça e também na proporção de jovens Nem-Nem em Fortaleza: -3,8 por cento, entre 2017/2018. A redução foi ainda maior no interior do Ceará: por cento. Ele finaliza observando que o estudo fornece aos gestores públicos e sociedade civil informações sobre o desempenho da juventude quanto à frequência escolar, conclusão dos ciclos escolares, analfabetismo, média de anos de estudos, população jovem ativa no mercado de trabalho, desocupação, informalidade e médias salariais.

Clique aqui e acesse o Boletim Trimestral da Juventude – N 03 / 2018.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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