Ceará supera desempenho de indicadores sociais do Nordeste e do Brasil em 2018, especialmente na educação

5 de março de 2020 - 16:32

Em 2018, o Ceará apresentou 18 indicadores com melhores desempenhos do que o Nordeste e dois superaram tanto o  Nordeste quanto o Brasil, totalizando em 77% dos 26 indicadores principais analisados, como demografia, condições de domicílios, educação, mercado de trabalho e pobreza e desigualdade. No entanto, as conquistas na área de educação ganham destaque, uma vez que os dados apontam para uma melhoria generalizada na área de educação. Essas são algumas das muitas conclusões que estão no livro Indicadores Sociais do Ceará 2018, edição que acaba de ser publicada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Para o diretor Geral do Ipece, João Mario Santos de França,  o documento é de suma importância para o Ceará. “Não apenas como informativo para a população em geral, como também para formuladores de políticas públicas. As análises realizadas dos principais indicadores sociais do Ceará, e, principalmente, quando feita a comparação destes com a Região Nordeste e o Brasil, auxiliam a vislumbrar os desafios que ainda restam a serem enfrentados pelo Estado, bem como as grandes conquistas que por ele já alcançadas”.

Ricardo Antônio de Castro Pereira, diretor de Estudos Sociais (Disoc) do Ipece e coordenador da equipe que elaborou os indicadores, afirma que o Ceará, além de reduzir drasticamente o analfabetismo (13%), aumentou, de forma generalizada, os níveis de escolaridade. Em comparação ao Brasil e ao Nordeste, o maior aumento alcançado foi de 32,79% nos anos médios de estudos da população cearense. Ele frisa que a atual edição dos indicadores foi fruto de “trabalho realizado pela equipe da Diec, onde foram realizadas análises de indicadores utilizando como base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), bem como seu Suplemento de Educação publicado a partir de 2016”.

O Titular da Diec observa, no entanto, que o Ceará ainda enfrenta grandes desafios quanto a oferta de serviços básicos de saneamento, pois quase a metade dos domicílios cearenses está descoberta pelo abastecimento de esgotamento sanitário, mas ressalta que, no período analisado, o país passou por uma grande desaceleração da economia, que “reverberou diretamente no mercado de trabalho e na pobreza, bem como a desigualdade, de todo o Brasil”. Apesar de apresentar patamares que superaram a Região Nordeste, os indicadores do mercado de trabalho do Ceará evidenciam uma dificuldade de absorção de mão de obra por parte do mercado.

Além disso, a desigualdade e a pobreza monetária também sofreram impactos provenientes da desaceleração econômica. Essas áreas representam um dos maiores desafios a serem enfrentados por parte do Estado, uma vez que os respectivos indicadores evidenciam um aumento da desigualdade de renda, bem como o aumento, em um período recente, da pobreza monetária. “Uma vez vislumbrados os desafios que ainda restam a serem superados, cabe ao Estado dar continuidade em políticas já existentes e dar início a novas que visem a redução ainda maior das desigualdades ainda presentes no Ceará, bem como o desenvolvimento econômico e a maximização do bem-estar da população como um todo” – conclui.

Clique aqui e acesse o Livro Indicadores Sociais do Ceará 2018.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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