Contingente de pessoas na força de trabalho do Ceará cresce 8,84% entre 2012 e 2018 e eleva participação do Estado no Nordeste

25 de junho de 2018 - 08:03

O contingente de pessoas na força de trabalho cearense passou de 3,73 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2012, para 4,06 milhões no primeiro trimestre de 2018, o que representou crescimento de 8,84 por cento, tendo registrado incremento de 330 mil pessoas. Mesmo com o crescimento na força de trabalho no país ter sido superior de 9,02 por cento e o do Nordeste de apenas 3,78 por cento, a participação da força de trabalho cearense no país ficou relativamente estável, em torno de 3,90 por cento, mas ganhou forte participação dentro da região Nordeste, passando de 15,55 por cento para 16,30 por cento, ou seja, uma variação de 0,76 ponto percentual no período considerado. É o que revela o Ipece/Informe (nº 131) – junho/2018 – Principais Mudanças da Posição na Ocupação no Mercado de Trabalho Cearense: uma Análise Comparativa com o Brasil e o Nordeste no Período 2012-2018.

O trabalho, publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) – órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará – mostra que o estoque de pessoas ocupadas aumentou de 3,46 milhões no primeiro trimestre de 2012 para 3,54 milhões no primeiro trimestre de 2018, ou seja, um crescimento de 2,25 por cento  incremento de 78 mil novas pessoas ocupadas no mercado de trabalho cearense. No Brasil, a alta no número de pessoas ocupadas foi de 2,89 por cento, enquanto que no Nordeste registrou queda de 3,32 por cento. Com isso, o Ceará registrou leve perda de participação no total de pessoas ocupadas no país de 3,93 por cento para 3,91 por cento e ganho no total de pessoas ocupadas na região Nordeste, de 15,97 por cento para 16,90 por cento, ou seja, uma variação de 0,92 ponto percentual.

De acordo com o analista de Políticas Públicas do Ipece Alesandre Lira Cavalcanti, autor do Ipece Informe 131, o estoque de pessoas desocupadas saltou de 270 mil pessoas, no primeiro trimestre de 2012, para 522 mil no primeiro trimestre de 2018, ou seja, um crescimento significativo de 93,33 por cento, com incremento de 252 mil novas pessoas desocupadas no mercado de trabalho cearense.  O crescimento de pessoas desocupadas no país foi de 80,07 por cento, enquanto na região Nordeste de 69,76 por cento. Com isso, o Ceará registrou aumento de participação no total de pessoas desocupadas no país de 3,55 por cento para 3,81 por cento e também no Nordeste de 11,56 por cento para 13,17 por cento, ou seja, uma variação de 1,61 ponto percentual.

O Ceará encerrou a série com as seguintes participações no país e na região Nordeste: população total (4,35 por cento e 15,80 por cento ); população em idade de trabalhar (4,30 por cento  e 15,92 por cento ); força de trabalho (3,90 por cento  e 16,30 por cento ); população ocupada (3,91 por cento  e 16,90 por cento); população desocupada  (3,81 por cento  e 13,17 por cento ) e população fora da força de trabalho (4,94 por cento  e 15,47 por cento ). Vale observar que a população em idade de trabalhar cearense saltou de 6,74 milhões de pessoas no primeiro trimestre de 2012, para 7,26 milhões no primeiro trimestre de 2018, ou seja, elevação de 7,74 por cento – um incremento de 522 mil pessoas, revelando um aumento substancial da oferta de trabalho no mercado de trabalho cearense.

CATEGORIAS

No Ceará cinco das sete categorias investigadas apresentaram crescimento no total de ocupações no mercado de trabalho, número superior ao registrado na região Nordeste, quando apenas três categorias obtiveram altas e no país, que contou com quatro categorias. De acordo com Alexsandre Lira, o número pessoas ocupadas no mercado privado com carteira de trabalho assinada caiu no Brasil e no Nordeste, enquanto no Ceará registrou alta. No mercado de trabalho cearense as categorias que mais incrementaram ocupações foram os empregadores, seguido pelos trabalhadores domésticos, empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada, empregados no setor público e os trabalhadores por conta própria.

Já as categorias que reduziram ocupações foram os empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada e os trabalhadores familiar auxiliar. Dessa forma, é possível afirmar que o grau de informalidade caiu nos últimos anos no estado. Ele ressalta que a posição na ocupação que registrou o maior crescimento percentual foram os empregadores, refletindo a explosão de novos pequenos negócios por conta da crise, seguida pelos trabalhadores domésticos, empregados no setor público, empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada e pelos trabalhadores por conta própria.
Para concluir, o Analista de Políticas Públicas do Ipece destaca que o Ceará ganhou participação no total de pessoas ocupadas do país em seis das sete categorias analisadas, revelando nítido ganho no mercado de trabalho formal, em especial, no conjunto dos empregados do setor privado com carteira de trabalho assinada e no conjunto dos empregadores. Na região Nordeste o mercado de trabalho cearense também ganhou expressiva participação, aumentando também participação em seis das sete categorias investigadas.

Clique aqui e acesse o IPECE Informe – Nº 131 – Principais Mudanças da Posição na Ocupação no Mercado de Trabalho Cearense: Uma análise comparativa com o Brasil e o Nordeste no Período 2012 – 2018.

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