Ipece premia vencedores do XXIº Encontro de Economia do Ceará em Debate
11 de dezembro de 2025 - 17:05

Premiação dos autores dos artigos vencedores; palestra do professor José Meneleu Neto, titular da Disoc/Ipece, sobre “A Economia do Ceará e os Desafios Geopolíticos do Comércio Mundial”, e o lançamento do livro “Sistema financeiro nacional e os bancos cearenses – Do Império ao século XXI”, de autoria do professor Henrique Marinho, marcaram o XXIº Encontro de Economia do Ceará em Debate. O evento, promovido pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), foi realizado, na manhã de hoje (11), no Auditório da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Estado do Ceará, no Centro Administrativo Governador Virgílio Távora.
O diretor Geral do Ipece, professor Alfredo Pessoa, na plenária que ocorre após as apresentações dos artigos, observou que o encontro de economia do Ipece, que já ocorre por 21 anos, é uma oportunidade ímpar para que pesquisadores do Ceará mostrem seus estudos com direito a premiação, estímulo necessário para a promoção da produção intelectual pondo o estado do Ceará em destaque”. O evento, inclusive, teve o patrocínio do Bradesco, com apoio do Governo do Ceará, Escola de Gestão Pública (EGP) e da Fundação Centro de Treinamento e Desenvolvimento (Cetrede/UFC).

Os quatro trabalhos vencedores foram: em primeiro lugar “Distribuição da vulnerabilidade social no Ceará: uma abordagem em econometria espacial”, de autoria de Renan dos Santos Cândido e Francisco Germano Carvalho Lucio, ambos da Universidade Federal do Ceará (UFC), e o segundo coube ao artigo
“Potencial de arrecadação dos municípios brasileiros, do Nordeste e do Ceará: mensurando o hiato fiscal”, que tem como autor Paulo Araújo Pontes (Ipece).
O terceiro lugar ficou com o artigo “Dinamismo geoeconômico e agronegócios no estado do Ceará após os anos 2000”, de Eduardo Von Dentz (Departamento de Geografia/Ufc), e o quarto lugar com “Abertura comercial e comércio high-tech: impactos no mercado de trabalho cearense, que tem como autores Francisco Alves de Oliveira Filho (UFC/BNB); Felipe de Sousa Bastos (Caen-UFC); Thiago Henrique de Miranda (Sefaz-Ce); Antônio Clécio de Brito (UFC) e Elano Ferreira Arruda (Caen-UFC).
Este ano, o Encontro de Economia do Ceará em Debate, promovido pelo Ipece, premiou os vencedores com R$ R$ 5,5 mil para o primeiro lugar; R$ 3,5 mil para o segundo; R$ 2,5 mil para o terceiro e R$ 1,5 mil para o quarto. Os ganhadores foram escolhidos dentre os 12 trabalhos selecionados, que trataram Macroeconomia e Economia Setorial; Desenvolvimento e Microeconomia Aplicada; História e Geografia Econômica e Setor Público.

Além dos professores Alfredo pessoa e José Meneleu, compuseram a mesa, o secretário de Planejamento e Gestão do Ceará, Alexandre Sobreira Cialdini, que teceu considerações a respeito da importância do evento e do Ipece para o Estado, e o economista Henrique Marinho. Dentre os muitos presentes, João Milton, Diretor-Executivo do Instituto de Estudos e Pesquisas sobre o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp); Aldair Melo, conselheiro do Corecon/Ceará; Nailton Ferreira, diretor da Coordenação das Organizações dos Povos Indígenas do Ceará (Copice); Airton Sabóia, do Etece do Banco do Nordeste; Keila Castro, gerente de Planejamento do Cipp, Camila Policarpo, representante do Bradesco e os professores Arley Rodrigues Bezerra, Felipe Albuquerque Sobral e Silva e Lauro Chaves Neto, os três últimos compuseram a Comissão Avaliadora da premiação do encontro..
BALANÇA COMERCIAL
Depois de iniciar a palestra mostrando os números da balança comercial brasileira de janeiro a outubro, na série de 2015 a 2025, o professor Meneleu Neto observou que, naquele período, apenas 13 estados (dos 26 e mais o Distrito Federal) registraram acréscimo nas vendas externas, resultando num crescimento de apenas 1,9% das exportações nacionais. E os três principais estados exportadores foram São Paulo, com 20,2% a mais; Rio de Janeiro, com 13,1% a mais e Minas Gerais, com 12,9%.

E que dois deles, São Paulo e Rio de Janeiro registraram queda de janeiro a outubro de 2025 em relação ao mesmo período de 2024. Como consequência, a participação conjunta desses três estados nas exportações nacionais caiu de 47,1% em 2024 para 46,2% em 2025. Vale ressaltar que os resultados já contabilizam o “tarifaço” imposto por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos da América. Mesmo assim, no geral, as exportações do Brasil, de janeiro a outubro de 2025 (US$ 289.730.737.007, cresceram 1,9% em relação a igual período de 2024 (US$ 284.307.751.726).
No entanto – pontuou Meneleu Neto – diferentemente do que ocorreu com São Paulo e Rio de Janeiro, as exportações cearenses registraram crescimento expressivo de 47,4%, resultando em ganho de participação de 0,4% para 0,6% e também ganho de participação no ranking nacional da 18ª para a 17ª posição. Foram exportados pelo Ceará, de janeiro a outubro de 2025, US$ 1.879.624.400 contra US$ 1.275.155.031 em igual período de 2024. Já as importações cearenses, no mesmo período registraram queda de 11,7%, resultando em perda de participação nacional de 1,2% para 1,0%, mas mantendo sua 13a posição no ranking brasileiro.
LIVRO É LANÇADO
O livro “Sistema financeiro nacional e os bancos cearenses – Do Império ao século XXI”, do professor e economista Henrique Marinho, foi lançado durante o evento. De acordo com o autor, os estudos econômicos, especificamente os brasileiros, normalmente se concentram na aplicação dos modelos voltados para a eficácia das políticas monetária, fiscal e cambial para promover o crescimento econômico com estabilidade. Esses estudos são importantes, mas o que se observa é que o papel das instituições bancárias tem sido relegado na história econômica do país”.
Para o professor Henrique Marinho, o seu livro aborda a evolução a evolução bancárias brasileira, desde quando não havia praticamente normas sobre sua constituição, ainda no período imperial, até a atualidade, descrevendo a criação dos primeiros bancos públicos e privados no país. Da mesma forma – frisou – o parte do livro é dedicado aos bancos que foram sediados no estado do Ceará, desde sua origem, quer como casas bancárias, cooperativas de crédito ou mesmo bancos comerciais, suas crises e atual situação.
Assessoria de Comunicação do Ipece
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