IPCA e INPC na RMF registram elevação em setembro abaixo dos índices nacionais
13 de outubro de 2025 - 17:37
Em setembro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), após recuar por quatro meses seguidos, acelerou para 0,38%, contra -0,07% (deflação) registrado em agosto. Com a alta no mês passado, a inflação na RMF, de janeiro a setembro, totaliza 3,48% e em 12 meses 5,10%. Os maiores índices, em agosto, foram: São Luís (MA), com 1,02%; Vitória (ES), com 0,76%; Goiânia (GO), com 0,75%, e São Paulo (SP), com 0,57%. A menor inflação foi registrada em Salvador (BA), com 0,17%.
Já o IPCA nacional também apresentou elevação em setembro, fechando em 0,48% contra uma deflação de -0,11% em agosto. No ano, ou seja, de janeiro a setembro, o índice atingiu 3,64% e em 12 meses, 5,17%, que seria um resultado acima do intervalo de tolerância da meta contínua de inflação, de 4,50%. Os índices estão no Termômetro da Inflação (Volume 8 – Nº 10 – Outubro de 2025), publicado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Por sua vez, o INPC na RMF em setembro também voltou a acelerar, ficando em 0,36%, bem acima da deflação de -0,12% de agosto. Em 12 meses já acumula 5,02%. Já o índice nacional ficou, no mês passado, 0,52%, contra -0,21% de agosto. Em 12 meses atingiu 5,10%. O INPC se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos. É calculado também para dez regiões metropolitanas, além de seis municípios, que são as mesmas áreas geográficas que abrange o IPCA.
De acordo com o analista de Políticas Públicas e autor do trabalho, Daniel Suliano, em setembro cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados do IPCA da RMF apresentaram deflação, tendo como destaque alimentação e bebidas, com variação negativa por quatro meses ininterruptos. Além disso, com o segundo maior peso na composição do IPCA da RMF, o grupo de transportes não somente recuou pelo segundo mês seguido como também registrou deflação em setembro de – 0,36%.
Para Suliano, a aceleração do IPCA na RMF foi resultado da vigência da bandeira tarifária vermelha (patamar 2), a partir de 1º de setembro, adicionando R$ 7,87 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos e levando, por conseguinte, ao aumento de 2,98% no grupo de habitação por conta da elevação dos preços da energia elétrica residencial em 9,40% – finaliza o Analista de Políticas Públicas do Ipece.
Clique aqui e acesse o Termômetro da Inflação – Vol. 8 ‐ edição nº 10.
Assessoria de Comunicação do Ipece
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