Em apenas dois anos, 59,17 mil crianças cearenses saem da extrema pobreza
2 de junho de 2025 - 09:40
Em 2024, a taxa de extrema pobreza infantil no Ceará caiu para 10,6%, o menor patamar desde 2012, quando foi iniciada a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado significa uma redução de 4,9 pontos percentuais (p.p.) em relação ao ano de 2023 e uma queda de 31,6% no Ceará entre 2023 e 2024. Nos últimos dois anos (2022 a 2024), um total de 59,17 mil crianças cearenses saiu da extrema pobreza.
Os programas sociais foram fundamentais para a redução verificada. De fato, em um cenário simulado, sem os programas, a taxa de extrema pobreza infantil em 2024 seria de 34,2%, e não de 10,6% (23,6 p.p a mais). É possível observar que houve melhoria da focalização e a criação de novos benefícios para crianças, jovens, gestantes e nutrizes, com o relançamento do programa Bolsa Família, em março de 2023. Mais especificamente no Ceará, com os programas Cartão Mais Infância Ceará – CMIC e o Cartão Ceará sem fome.
A boa notícia está no estudo Ipece Informe (Nº 268 – Maio/2025) – A extrema pobreza infantil no Ceará em 2024, que acaba de ser lançado pela Diretoria de Estudos Sociais (Disoc) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará. Tem como autores o analista de Políticas Públicas Jimmy Oliveira e a Raquel da Silva Sales, assessora Técnica. O documento já pode ser acessado, na íntegra, na página do instituto.
Percentual de pessoas com rendimento domiciliar per capita inferior a linha de extrema pobreza internacional de US$ 2,15/dia por pessoa (PPC 2017) (R$ 220,84, em reais de 2024), por faixa etária – Ceará – 2024
Percentual de pessoas com rendimento domiciliar per capita inferior a linha de extrema pobreza internacional de US$ 2,15/dia por pessoa (PPC 2017) (R$ 220,84, em reais de 2024) – População total e Primeira infância (0 a 6 anos) – Ceará – 2012 a 2024
Raquel Sales informa que, no Ceará, a queda da taxa de pobreza infantil entre as crianças do meio rural cearense foi bem mais expressiva do que a queda no meio urbano. “Estudos mostram que a taxa de pobreza infantil no meio rural no Brasil é significativamente maior do que nas áreas urbanas. Portanto, reduzir a pobreza infantil no meio rural é fundamental para o desenvolvimento socioeconômico do país” – ressalta a Assessora Técnica da Disoc do Ipece.
Ela explica que, enquanto a extrema pobreza infantil agregada alcançou 10,6% em 2024, para as crianças que vivem no meio rural este percentual foi de 12,5% e para áreas urbanas o número é menor (10,0% para extrema pobreza infantil). A queda da taxa de pobreza infantil entre as crianças do meio rural cearense, de 2023 a 2024, caiu 7,5 p.p. e em relação a 2022 caiu 18,4 pontos percentuais.
Para concluir, Raquel Sales observa que taxa de extrema pobreza infantil na capital cresceu de 2022 para 2023 e caiu em 2024. A Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) (exceto a capital) também apresentou crescimento em 2023 e depois queda da extrema pobreza infantil em 2024. Já a taxa de extrema pobreza infantil no interior rural e do interior urbano, desde 2022, vem apresentando queda. Vale salientar que mesmo com a redução no último ano.
Clique aqui e acesse o Ipece Informe Nº 268 – A extrema pobreza infantil no Ceará em 2024.
Assessoria de Comunicação do Ipece
(85) 2018-2461