Ipece participa de debate na Alece sobre efeitos das mudanças climáticas
13 de novembro de 2024 - 14:57
Fotos: Dário Gabriel - Alece
Representantes do setor público, dentre eles o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), e de entidades da sociedade civil debateram ontem (12), durante audiência pública realizada na Assembléia legislativa do Estado do Ceará (Alece), sobre as consequências da emergência climática para as populações em situação mais vulnerável no Estado. A reunião, promovida pela Comissão de Direitos Humanos e Cidadania (CDHC), foi realizada por iniciativa do presidente do colegiado, deputado Renato Roseno (Psol).
Para o Parlamentar, a injustiça ambiental faz com que essas populações em vulnerabilidade sofram mais os impactos dos eventos extremos. Ele também citou a aprovação de lei de sua autoria que trata sobre educação climática para escolas de ensino médio e informou que apresentou um projeto de lei para garantir o reconhecimento pelo Ceará do estado de emergência climática, para que seja firmado o compromisso de reduzir a emissão de gases de efeito estufa até 2050.
O analista de Políticas Públicas do Ipece Vitor Hugo de Oliveira afirmou, na ocasião, que o Nordeste é uma das regiões mais afetadas com intensificação das secas, ainda mais porque quase 98% do Estado estão dentro da região do semiárido. O servidor explicou que dados do Ipece demonstram que as secas geram consequências muito sérias, como aumento da mortalidade infantil, impacto nas finanças dos municípios e aumento da dependência de transferência de recursos federais.
Outro ponto ressaltado foi o monitoramento sobre insegurança hídrica, realizado em nove municípios do Sistema Adutor Banabuiú – Sertão Central, onde existem cidades com 50% da população em situação de insegurança hídrica, o que acaba gerando maior insegurança alimentar. Outra constatação foi a repercussão da insegurança hídrica na saúde mental da população pesquisada.
Já o professor do curso de Ciências Ambientais da Universidade Federal do Ceará (UFC), Marcelo Moro explicou que a humanidade, ao longo dos séculos, causou alterações no sistema hídrico e na atmosfera. Ele lembrou que há recentes registros inéditos de secas extremas no Pantanal e na Amazônia, furacão no Sul do País e que os impactos sobre a caatinga também já são vistos. E ressaltou que haverá impacto sobre a agricultura e a biodiversidade do semiárido, da agricultura, pecuária e pesca. (Fonte: Assessoria de Comunicação da Alece. Foto: Dário Gabriel).
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