Estudo do Ipece mostra vulnerabilidades climatológicas, agrícolas e sociais dos municípios cearenses em 2024
30 de agosto de 2024 - 11:15
Em 2024, dos 184 municípios cearenses, 24 apresentaram alta vulnerabilidade de acordo com o Índice Municipal de Alerta (IMA): Independência; Milhã; Acopiara; Baixio; Itatira; Quiterianópolis; Umari; Pedra Branca; Saboeiro; Catarina; Ibicuitinga; Ipaumirim; Carnaubal; Senador Pompeu; Icó; Choró; Antonina do Norte; Itapiúna; Mucambo; Campos Sales; Piquet Carneiro; Irauçuba; Pacujá e Lavras da Mangabeira. O Índice avalia um conjunto de 12 indicadores, que buscam captar a vulnerabilidade no que diz respeito aos aspectos climatológicos, agrícolas e sociais. Os dados estão no relatório Índice Municipal de Alerta (IMA/2024) – Um Instrumento de Orientações Preventivas Sobre Adversidades Climáticas no Estado do Ceará, que acaba de ser publicado pela Gerência de Estatística, Geografia e Informação (GEGIN) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (IPECE).
Já o grupo de baixa vulnerabilidade é composto por 26 municípios: Chorozinho; Camocim; Guaramiranga; Paraipaba; Cascavel; Trairi; Uruburetama; Pacoti; Pindoretama; Caucaia; Paracuru; Tianguá; Palmácia; Maranguape; Itaitinga; Pacatuba; São Benedito; Aquiraz; Viçosa do Ceará; Maracanaú; Guaraciaba do Norte; Barroquinha; Eusébio; Ubajara; Fortaleza; Ibiapina. De acordo com o estudo, esse resultado se deve ao fato desses municípios terem registrado este ano maiores precipitações pluviométricas, bem como por deterem boas condições de infraestrutura hídrica, melhor situação relativa de produção agrícola e satisfatórios indicadores de assistência social.
O analista de Políticas Públicas Cleyber Nascimento de Medeiros, autor do estudo e que integra a Gegin do Ipece, explica que, dos 26 municípios com baixa vulnerabilidade, 14 estão concentrados nas regiões de planejamento da Grande Fortaleza; seis na Serra da Ibiapaba e três no Maciço de Baturité (os outros 02 no Litoral Norte 01 no Litoral Oeste/Vale do Curu). O município que mais se aproximou da situação de referência em 2024 (com valor igual a zero) foi Ibiapina, registrando um índice de 0,296.
As variáveis que mais influenciaram esse resultado foram a climatologia, a situação hídrica dos mananciais de água da sede municipal, a perda de safra e a proporção de famílias beneficiadas com o Programa Bolsa-Família. Cleyber Nascimento observa que a análise comparativa entre os anos de 2023 e 2024 evidenciou que 43 municípios apresentaram uma melhora em sua condição relativa, indicando uma redução na vulnerabilidade aos fatores climatológicos e agrícolas.
IMA É CALCULADO DESDE 2004
O Índice Municipal de Alerta (IMA) é calculado para os 184 municípios do Ceará a partir de um conjunto de 12 indicadores, os quais buscam medir a vulnerabilidade dos municípios no que diz respeito a aspectos climáticos, agrícolas e de assistência social. Os indicadores têm como fonte dos dados a Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME), a Secretaria de Proteção Social, Justiça, Cidadania, Mulheres e Direitos Humanos (SPS), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (EMATERCE), a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (COGERH) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O recorte temporal dos indicadores corresponde aos meses de janeiro a junho de 2024. O IMA é um instrumento para orientações preventivas sobre as adversidades climáticas relacionadas à seca no Estado. O Índice, concebido no ano de 2004 no âmbito do Grupo Interinstitucional Permanente para Convivência e Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, se constitui em uma ferramenta que busca avaliar a vulnerabilidade dos municípios cearenses no que tange às questões meteorológicas, agrícolas e de assistência social, tendo em vista que as relações sociedade e natureza se dão na perspectiva de um todo integralizado e ao mesmo tempo dinâmico.
O documento reconhece que, nos últimos anos, diversas ações estão sendo realizadas visando garantir a segurança hídrica da população, como por exemplo, a construção de cisternas, barragens e açudes, a instalação de adutoras, a perfuração e instalação de poços, a implantação de sistemas de abastecimento de água, a transposição do rio São Francisco, a integração de bacias por meio do projeto Cinturão das Águas, dentre outras ações.
Clique aqui e acesse o Índice Municipal de Alerta (IMA) – 2024.
Assessoria de Comunicação do Ipece
(85) 3101.3509