Desemprego no Ceará cai ao menor patamar dos últimos 9 anos e mantém-se bem abaixo da média do Nordeste

27 de fevereiro de 2024 - 08:23

O desemprego no Ceará fechou 2023 com taxa de 8,5%, o que representou 0,9 ponto percentual (p.p) menor quando comparado com o resultado de 2022, de 9,4%. O resultado cearense no ano passado ficou abaixo das taxas registradas no Nordeste, de 11% (portanto, 2,5 p.p. a menos), e acima do nacional, de 7,8% (0,7 p.p a mais). No último biênio, o desemprego no Estado vem se mantendo abaixo de dois dígitos. O valor referente a 2023 é o menor observável desde o ano de 2014 e se aproxima dos valores do triênio no início da série histórica (2012-2014), quando havia registrado taxas de 7,8%, 7,9% e 7,4%, respectivamente. Os dados – e muitos outros – estão no Enfoque Econômico (Nº 272) – Evolução e Melhora do Mercado de Trabalho Cearense a Partir de Dados Anuais.

O trabalho, de autoria do analista de Políticas Públicas Daniel Suliano, acaba de ser publicado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec), que tem como titular Ricardo Pereira, do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). O desemprego (taxa de desocupação) é um indicador que mede uma pressão direta sobre o mercado de trabalho de pessoas que procuraram emprego e estão disponíveis para começar imediatamente. A taxa de desocupação se refere às pessoas com idade de trabalhar (acima de 14 anos) e que estão disponíveis e tentam encontrar emprego, ou seja: para alguém ser considerado desempregado não basta não possuir emprego.

Outro resultado importante foi que a taxa de participação do estado do Ceará voltou a subir na passagem do ano de 2022 para 2023, ao sair de 51,8% para 53,6%. Esse aumento sinaliza uma maior dinâmica no mercado de trabalho cearense considerando o crescimento de pessoas ocupadas e a expectativa de trabalho de pessoas em busca de ocupação. Daniel Suliano explica que esse aumento da taxa de participação ocorre no bojo da melhora do mercado de trabalho cearense após a piora das suas condições diante da pandemia que assolou a economia mundial, ao final do primeiro trimestre de 2020. A taxa de participação cearense havia encerrado 2020 em 51,1%, o que representa uma elevação de 2,5 pontos percentuais quando comparado com 2023.

O Analista de Políticas Públicas do Ipece ressalta que as análises com bases nos dados trimestrais mostram também que parte da melhora na condição de participação no mercado de trabalho cearense no último triênio tem relação direta com a redução do quantitativo de pessoas fora da força de trabalho e, por conseguinte, ampliação da oferta de trabalho. Por outro lado, em relação a taxa anual de participação do mercado de trabalho cearense, apresentada no presente estudo, observa-se que se encontra bem abaixo do zênite de 57,3%, alcançado em 2019 no âmago da recuperação econômica após a crise de 2015-2016. Entretanto, a taxa de participação não somente do Ceará como do Nordeste e do Brasil foram fortemente abaladas pela pandemia da Covid-19, que assolou toda a economia mundial.

Clique aqui e acesse o Enfoque Econômico – Nº 272 – Evolução e Melhora do Mercado de Trabalho Cearense a Partir de Dados Anuais.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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