Estudo analisa grau de informalidade no mercado de trabalho cearense

9 de fevereiro de 2024 - 14:46

Com o objetivo de apresentar a evolução do Grau de Informalidade no mercado de trabalho cearense nos últimos anos (2015 a 2023), fazendo uma análise comparativa entre as várias dimensões territoriais propostas e o total do estado do Ceará, a Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) acaba de publicar o Enfoque Econômico (Nº 268) – Grau de Informalidade no Mercado de Trabalho Cearense por Dimensões Territoriais. Segundo o documento, a Informalidade no mercado de trabalho cearense ainda é elevada, apresentando uma melhoria em relação ao período pré-pandemia, mas finalizando a série com 54,0% das pessoas ocupadas, ou seja, de cada cem pessoas ocupadas 54 delas ainda estão na informalidade.

De acordo com o autor do estudo, o analista de políticas públicas Alexandre Lira Cavalcante, na análise territorial é possível observar que, nas três dimensões (RMF, Fortaleza e o Resto da RMF), o Grau de Informalidade apresenta-se abaixo da média estadual no período analisado, ao passo que nas outras duas dimensões (Interior incluindo RMF e Interior excluindo a RMF) o Grau de Informalidade mantém-se acima da média do estado em mesmo período. “O que mais chama atenção é a melhoria no quadro de informalidade observada no interior cearense ao longo dos últimos oito anos, em função do forte crescimento das ocupações formais, movimento esse também observado nos outros municípios da RMF, excluindo a capital cearense” – ressalta.

O Analista de Políticas Públicas destaca “a piora no quadro de informalidade observada na RMF provocada pela piora no Grau de Informalidade da capital cearense, que é explicada pela queda das ocupações formais e pelo forte crescimento das ocupações informais nos últimos oito anos. Para se ter uma ideia disto, o estoque de ocupações informais da capital cearense cresceu quase 2,5 vezes mais que o observado no total do mercado de trabalho cearense”.

Porém, ele informa que, apesar da piora da informalidade observada na cidade de Fortaleza, é possível constatar uma melhoria desse quadro ao longo do ano de 2023, fato esse também verificado nos demais municípios da RMF. “Infelizmente, esse mesmo fenômeno não vem sendo também observado para os demais municípios do interior no curtíssimo prazo o que impede uma melhoria geral do Grau de Informalidade do mercado de trabalho cearense” – frisa. Para concluir, ele resume: o processo mais intenso de formalização da força de trabalho no interior cearense contribuiu bastante com o processo de formalização geral da força de trabalho estadual ao longo dos últimos oito anos.

Clique aqui e acesse o Enfoque Econômico – Nº 268 – Grau de Informalidade no Mercado de Trabalho Cearense por Dimensões Territoriais.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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