Farol da Economia Cearense tem nova edição publicada pelo Ipece

14 de agosto de 2023 - 16:36

Uma nova edição do Farol da Economia Cearense acaba de ser publicada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), por intermédio da Diretoria de Estudos de Gestão Pública (Digep). Composta por 52 páginas, o trabalho está dividido em cinco seções. A primeira apresenta uma breve visão do cenário econômico mundial e expectativas para os próximos meses; a segunda mostra o desempenho de importantes indicadores da economia nacional, como PIB, produção Industrial, inflação, juros, câmbio, balança comercial e investimento. Também traz perspectivas para o cenário macroeconômico brasileiro.

Já a terceira secção apresenta o desempenho de indicadores da economia cearense e perspectivas para o cenário macroeconômico do Estado; a quarta é composta por análises de importantes instituições de pesquisa do País quanto ao ambiente de incerteza da economia e a confiança de consumidores e empresários; a quinta e última traz uma síntese das análises e perspectivas econômicas apresentadas. A Publicação foi elaborada pelo diretor da Digep, José Fábio Montenegro, com colaboração de Tiago Emanuel Gomes dos Santos e Aprígio Botelho Lócio, ambos da mesma Diretoria, e de Ana Cristina Lima Maia, da Diretoria de Estudos Econômicos (Diec).

Com o objetivo de apresentar indicadores econômicos e sociais abordando o cenário macroeconômico cearense, nacional e internacional e apontando algumas perspectivas nas três esferas de governo, o Farol da Economia Cearense disponibiliza dados, informações e análises sucintas para que os tomadores de decisão e demais partes interessadas tenham elementos para avaliar prospectivamente os rumos da economia.

De acordo com o documento, no cenário econômico mundial se destaca uma projeção para o ano de 2023, por parte de organismos internacionais, de permanência da desaceleração do crescimento da economia mundial, com melhores resultados em 2024, perspectivas essas semelhantes ao relatório de janeiro de 2023. Dentre as principais causas apresentadas para esse cenário ainda permanecem as políticas monetárias mais restritivas, altos níveis de inflação nas principais economias mundiais, redução na condição de crédito e instabilidade nos serviços bancários.

CENÁRIO NACIONAL

Com relação à economia nacional, o documento destaca o crescimento do PIB no primeiro trimestre de 2023, comparado com o trimestre anterior (4º trimestre de 2022), impulsionado principalmente pelo “Setor da Agropecuária” e o “Setor de Serviços”, pelo lado da oferta. Pelo lado da demanda, os maiores responsáveis foram: “Despesas de Consumo da Administração Pública” e “Despesa de Consumo das Famílias”. A projeção para 2023 será de crescimento baixo por conta da política monetária internacional, maiores impactos com a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, instabilidade econômica nos EUA e Europa, pelo cenário internacional.

Já analisando o cenário nacional, o estudo cita algumas questões e incertezas com relação ao Novo Arcabouço Fiscal (PLP 93/2023), aprovado no dia 21 de junho pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), como a falta de clareza sobre a origem do aumento na arrecadação (maiores taxas ou novos tributos?); pouco foco ou propostas com relação à redução ou corte dos gastos dos governos; enfraquecimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que não considera mais o descumprimento do Resultado Primário e da desobrigação de contingenciamento para seu cumprimento.

Apesar de alguns pontos negativos, podem ser citados pontos positivos como uma maior rigidez e aplicação de penalidades no caso do não cumprimento das regras com os gastos públicos (limite de 70% do que se arrecada); a inclusão do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) no limite de gastos; e avanço nas discussões tanto tributárias (Reforma Tributária), meta de inflação e queda de juros. A previsão do mercado, apresentado no Relatório Focus, do Banco Central, bem como dos bancos privados é de taxas de crescimento baixas, mas positivas para 2023, pequena baixa em 2024 e recuperação em 2025.

INDICADORES

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), calculado pelo IBRE/FGV, caiu pela terceira vez consecutiva desde março de 2023, quando apresentou o maior valor de 2023, influenciada pelo cenário de desaceleração da inflação, readequação da atividade econômica e melhoras de percepção referentes as situações política e dos riscos fiscais.

O Índice de Confiança Empresarial (ICE), estimado pelo IBRE/FGV, subiu em junho, em relação a maio de 2023, apresentando o melhor resultado em 2023. Esse resultado apresenta retomada de crescimento associado a melhora nas perspectivas relativas à definição do novo arcabouço fiscal e modificações da política monetária no Brasil nos próximos meses.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), calculado pelo IBRE/FGV, subiu pela segunda vez em junho, registrando o melhor nível de 2023, influenciado pela melhora do cenário econômico, intenção de consumo maior nos próximos meses impulsionado pelo crescimento do indicador de consumo de bens duráveis e redução da inflação e probabilidade de queda dos juros. Na análise por faixa de renda, a pesquisa mostrou melhora da confiança dos consumidores em todas as quatro faixas de renda, com destaque para as famílias de maior poder aquisitivo.

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), continua com trajetória de crescimento desde junho de 2022. Dentre os indicadores que compõem o índice a maior pontuação no mês de junho foi do Emprego Atual, seguido por Renda Atual, Perspectiva Profissional, Perspectiva de Consumo, Acesso ao Crédito, Nível de Consumo Atual e Momento para Duráveis.

Clique aqui e acesse o Farol da Economia Cearense – Nº 02 / 2023.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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