Em 2022, serviços empresariais não-financeiros do Ceará crescem 10,2%
27 de fevereiro de 2023 - 13:58
Os serviços empresariais não-financeiros do Ceará, em 2022, encerraram com crescimento de 10,2% em relação a 2021 e superou o desempenho nacional, de 8,3% no ano passado. No entanto, em ambos os casos houve desaceleração, uma vez que os serviços não-financeiros no Ceará, em 2021, tinham crescido 13,1% e os nacionais 10,9%. Tal resultado ocorreu no bojo da recuperação diante da reabertura das atividades econômicas por conta da crise sanitária (Covid-19), que teve início no final do primeiro trimestre de 2020. A constatação – e muitas outras – está no Ipece/Informe (nº 221 – Fevereiro/2023) – Análise Conjuntural dos Serviços Empresariais Não-Financeiros do Ceará com Foco em 2022, que acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
A pandemia que assolou a economia global no final do primeiro trimestre de 2020 impactou diretamente a atividade econômica nacional e, por conseguinte, o setor de serviços. Os serviços empresariais não-financeiros do Estado do Ceará recuaram 13,6% em 2020, ante 7,8% dos serviços nacionais. Embora conforme comunicado de fevereiro de 2023 do Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (Codace), o ciclo de contração econômica tenha durado apenas dois trimestres – o primeiro e o segundo de 2020 e o retorno do país à expansão econômica a partir do terceiro trimestre de 2020 – os serviços seguiram em terreno negativo ao longo de todo o ano. Não obstante, considerando o forte crescimento em 2021 – 13,1% para o Ceará e 10,9% para o Brasil – houve uma clara recuperação em V do setor.
De acordo com o analista de Políticas Públicas do Instituto Daniel Suliano, autor do trabalho, o crescimento tanto em 2021 como em 2022 estão relacionados com dois pontos de transição (turning points) dos ciclos de negócios da economia brasileira. “Desde a crise econômica que havia assolado a economia brasileira em 2015-2016, o setor de serviços vinha apresentando um desempenho modesto. Em outras palavras, parte da expansão de 2021 e 2022 está associada a capacidade ociosa da atividade bem como o ciclo de expansão iniciado a partir do terceiro trimestre de 2020” – frisa.
O estudo, com um total de 21 páginas, também revela que o segmento de grande destaque foi o de serviços prestados às famílias, setor que foi também o mais atingido pela pandemia. Já com a reabertura ao longo de 2021 cresceu 11%, explicando, portanto, o comportamento em “V” do setor. Em 2022, o segmento manteve a boa performance, crescendo 37,2%. Tendo como base fevereiro de 2020, mês que antecede a crise sanitária, os dados mostram que o setor como um todo segue operando acima de 2020. Em dezembro, também é observado uma tendência de alta para os próximos meses, muito embora a análise trimestral apresente sinais de desaceleração – conclui o Analista de Políticas Públicas do Ipece.
Clique aqui e acesse o IPECE Informe Nº 221 – Análise Conjuntural dos Serviços Empresariais Não-Financeiros do Ceará com Foco em 2022.
Assessoria de Comunicação do Ipece
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