Nova edição do Farol da Economia Cearense analisa cenário mundial, brasileiro e cearense

2 de janeiro de 2023 - 11:16

O ano de 2022 certamente ficará marcado na história pelos grandes desafios impostos à sociedade em nível mundial. Uma guerra eclodiu no leste europeu, quando tropas russas invadiram o território ucraniano, acarretando uma tragédia humanitária e agravando a crise econômica desencadeada pela pandemia do coronavírus em todo o mundo; a inflação mundial subiu a níveis alarmantes. Nos Estados Unidos o índice inflacionário anual chegou ao maior patamar dos últimos 40 anos, atingindo 9,1% no mês de junho. Na Europa, a inflação anual atingiu o maior nível da série histórica do Euro, chegando a 10,6% no mês de outubro; com o agravamento inflacionário, bancos centrais de vários países passaram a elevar as taxas de juros de suas economias; a hostilidade do cenário econômico de 2022, com alta inflação e altas taxas de juros, passou a pesar sobre as projeções do crescimento mundial, para 2022 e 2023.

A análise acima está na nova edição do Farol da Economia Cearense (nº 04/2022), que acaba de ser publicada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), por intermédio da Diretoria de Estudos de Gestão Pública (Digep). No Brasil, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, registrou uma alta de 3,6%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. Os estímulos fiscais e a melhoria do mercado de trabalho são apontados como principais propulsores do crescimento observado no período. As expectativas para os próximos meses são de que a economia brasileira apresente um ritmo de crescimento mais lento, afetado pela elevada inflação, o alto nível de endividamento das famílias e a elevada taxa de juros. Na perspectiva do Focus, o PIB deste ano deve ficar em torno de 3,05%. Para 2023 e 2024, as projeções são de um crescimento de 0,79% e 1,67%, respectivamente.

No Ceará, o PIB registrou um crescimento de 0,50% no terceiro trimestre deste ano, em relação ao terceiro trimestre de 2021. O resultado foi inferior ao do PIB nacional, que registrou crescimento de 3,6%, na mesma base de comparação. A desaceleração do PIB cearense foi puxada pelo fraco desempenho da Indústria Geral, que caiu 5,97% no trimestre (terceira queda do ano) e pelo modesto crescimento dos Serviços (+ 0,51%). Já a grande contribuição para o PIB cearense veio da Agropecuária, que registrou alta de 13,15%. As expectativas do Ipece são de que o PIB cearense registre um crescimento de 2,10%, no ano de 2022. Para 2023, o IPECE projeta um crescimento de 2,19%.

O mercado de trabalho cearense registrou saldo positivo na geração de empregos em outubro desse ano, de 5.005 vagas de trabalho. No período de janeiro a outubro de 2022, o Ceará acumula um saldo positivo de 67.588 vagas de empregos geradas, o segundo melhor desempenho da Região Nordeste. Os riscos para o bom desempenho do mercado de trabalho cearense nos próximos meses estão associados à persistência inflacionária, que eleva os custos de contratação, e à manutenção da elevada taxa de juros da economia, que prejudica a atividade das empresas e dos serviços. O trabalho completo já pode ser acessado na página do ipece.

Clique aqui e acesse o Farol da Economia Cearense – Nº 04 / 2022.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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