Número de jovens que não trabalha e nem estuda cai 6,6% no terceiro trimestre de 2022

27 de dezembro de 2022 - 16:00

A proporção de jovens cearenses que não estuda e não trabalha, no terceiro trimestre de 2022, correspondeu a 28,09% desta população (um total de 628.913,4 jovens). Em termos de curto prazo, esta proporção sofre uma redução de -6,6%, enquanto no longo prazo, a variação foi mais discreta (-0,3%). Em 2022/T3, o Ceará ainda está distante desta proporção de jovens a nível nacional (21,06%). Considerando as diferentes faixas etárias, os mais afetados quanto a esta situação para 2022/T2 são os jovens com idade entre 18 a 24 anos (34,22%), seguida da proporção dos jovens pertencentes à faixa de 25 a 29 anos (32,74%). Os dados – e muitos outros – estão no Boletim Trimestral da Juventude (3º trimestre/2022) publicado pela Diretoria de Estudos Sociais (Disoc) pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Quanto aos jovens da faixa etária escolar (15 a 17 anos), esta população correspondeu a 6,09% do total de jovens nesta faixa etária. No curto prazo, as maiores faixas etárias sinalizam uma melhora com uma tendência decrescente, com destaque para a proporção entre jovens de 25 a 29 anos, cuja redução foi de -10,2%. Não obstante, entre os jovens de 15 e 17 anos, ainda é observada uma variação positiva (+11,6%) no curto prazo. Em comparação com 2018/T3, o destaque está entre aqueles jovens de 15 a 17 anos, cuja redução foi observada em -20,8%. Entre as demais faixas etárias, observaram-se variações positivas, porém pequenas. De modo geral, ainda em 2022/T3, os mais afetados por tal condição seguem sendo as mulheres (33,91%) e os jovens residentes no interior do estado (30,92%).

O estudo também apresenta dados relativos a educação. A média da frequência escolar para jovens entre 15 e 29 anos no Ceará foi observada em 33,91% em 2022/T3. Esta média, que vem em decorrência de uma redução de -5,21% no curto prazo e de um aumento discreto (+1,76%) quando comparado a 2018/T3, é inferior quando comparada ao Nordeste (35,94%), quanto com o Brasil (36,26%). Os valores observados para a média móvel das frequências escolares líquida e bruta da população de 15 a 17 anos correspondem a 70,62% e 91,33%, respectivamente, em 2022/T3. Ambas se destacam por apresentar variações positivas no longo prazo de 5,05% para a bruta e 10% para líquida. O Ceará permanece com a menor distorção idade-série, quando comparado ao Brasil (67,64%) e Nordeste (61,72%) em 2022/T3.

Já entre as médias de jovens com etapa de ensino concluída, em termos de variação, a média entre jovens com 25 e 29 anos se destaca tanto pelo crescimento no curto (+9,38%), quanto no longo prazo (+30,25%), chegando a 2022/T3 com uma média de 16,88% de jovens com nesta faixa etária com o ensino superior completo. Enquanto, entre jovens com 15 a 17 anos, a média destes com ensino fundamental completo corresponde a 76,51% destes jovens. Com uma média um pouco inferior, entre os jovens com 18 a 29 anos corresponde a 68,83% dos mesmos. Tanto no curto (-7,9%), quanto no longo prazo (-8,43%), a média móvel de jovens analfabetos no Ceará apresenta reduções na série observada. Assim, em 2022/T3 esta média correspondeu a 1,37% da proporção dos jovens cearenses. Por sua vez, o número médio de anos de estudo entre jovens cearenses de 18 a 29 anos de idade correspondeu a 11,50 anos no período analisado.

No que tange ao mercado de trabalho, o documento revela que o Ceará segue apresentando um aumento (+8% no longo prazo e +3% no curto prazo) na proporção de jovens de 15 a 29 anos fora da força de trabalho (45,6%) em 2022/T3. Assim, o Ceará registra a maior proporção destes jovens quando comparado ao Brasil (34,9%) e Nordeste (44,1%). Entre aqueles pertencentes à força de trabalho, porém desocupados, tal proporção correspondeu a 15,40%, segue-se observando uma redução expressiva no curto prazo (-27,3%) e no longo prazo (-18,2%). Aproximando-se da proporção a nível nacional (15,31%). A proporção de jovens empregados informalmente soma 60,43% do total de jovens ocupados no mercado de trabalho. Este indicador apresenta variações positivas discretas no curto (0,1%) e no longo prazo (2,1%). Já o rendimento médio real de todas as fontes segue apresentando uma recuperação no curto prazo (+27,3%) e no longo prazo (+32,4%), chegando, a 2022/T3 a R$ 1.284,36.

Clique aqui e acesse o Boletim Trimestral da Juventude – 3º Trimestre / 2022.

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