Desemprego no Ceará tem queda no primeiro trimestre de 2022 em relação a igual período do ano passado
20 de maio de 2022 - 13:37
A taxa de desocupação (desemprego) cearense, no primeiro trimestre 2022, mesmo diante da sazonalidade, recuou levemente, ficando em 11%. Comparada ao mesmo período do ano anterior, o desemprego no Estado 4,1 pontos percentuais. No primeiro trimestre de 2020, período no qual o mercado de trabalho ainda não havia sido impactado pela crise sanitária, o desemprego no Ceará era 12,4%. Assim, mesmo quando se compara a um período pré-pandêmico, a taxa de desocupação do Ceará apresenta redução. A constatação está no Termômetro do Mercado de Trabalho (1º trimestre/2022 – nº 18) publicado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
De acordo com Daniel Suliano, autor do trabalho e analista de Políticas Públicas do Ipece, tendo como base dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de participação (TP) – divisão entre a força de trabalho e a população em idade de trabalhar – cearense oscilou fortemente após a expressiva queda no segundo trimestre de 2020, quando atingiu uma mínima de 49,2%. No entanto, a partir do primeiro trimestre de 2021 a TP do estado do Ceará seguiu uma leve tendência de crescimento, alcançando 53,3% no terceiro trimestre de 2021. No quarto trimestre de 2021 ela voltou a recuar levemente atingindo 53%, valor esse ainda bem abaixo do período pré-pandemia, quando era de 57,9% no quarto trimestre de 2019, maior valor da série histórica.
Adicionalmente no primeiro trimestre do ano de 2022 – explica – a taxa de participação cearense voltou a recuar mais fortemente chegando a 50,9%, valor ainda acima quando comparado ao primeiro trimestre de 2021, que era de 50%. Esses valores da taxa de participação nos anos de 2020, 2021 e início de 2022 revelam que a pandemia da Covid-19 alterou o funcionamento do mercado de trabalho cearense, considerando a redução da TP ao longo dessa crise quando comparado aos períodos anteriores.
Semelhantemente ao desemprego, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (que é dada pela relação dos Subocupados por Insuficiência de Horas Trabalhadas adicionados aos Desocupados e a Força de Trabalho Potencial sobre a Força de Trabalho Ampliada) do Ceará vem recuando fortemente, após a alta atingida no segundo trimestre de 2020, quando chegou a máxima histórica de 38,9%. Dados dos subocupados por insuficiência de horas também sinaliza recuperação do mercado de trabalho cearense.
Após o pico de 13,8% no segundo trimestre de 2021, o percentual de subocupados chegou a 10,4% nesse primeiro trimestre de 2022. “Não obstante, esse valor encontra-se ainda ligeiramente maior ao alcançado no primeiro trimestre de 2020, quando era de 9,7%”. Já o percentual de desalentados alcançou a taxa de 9,2%, valor ainda acima dos 8,5% observado no primeiro trimestre de 2020.
Clique aqui e acesse o Termômetro do Mercado de Trabalho – 1º Trimestre 2022 – edição nº 19.
Assessoria de Comunicação do Ipece
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