Impactados diretamente pelo CIPP, São Gonçalo e Caucaia são destaques em ganhos socioeconômicos no Ceará

19 de janeiro de 2022 - 09:47

Em 2002, o valor do Produto Interno Bruto (PIB) de São Gonçalo do Amarante era de R$ 75,46 milhões, o que representava uma participação de 0,26% no PIB cearense e de 0,41% no da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).  No entanto, já em 2019, o PIB de São Gonçalo cresceu para R$ 3,75 bilhões, aumentando sua participação no PIB estadual para 2,30% e no PIB da RMF para 3,46%. Com esse avanço, o município registrou o maior ganho de participação municipal: de 2,04 pontos percentuais (p.p) no período, após sua participação crescer 8,75 vezes na comparação dos dois anos. Além disso, São Gonçalo também registrou o segundo maior ganho no PIB da RMF, ou seja, de 3,23 p.p. no período, após sua participação crescer 8,93 vezes na comparação dos dois anos.

Caucaia também de destacou. Em 2002, o valor do seu PIB era de R$ 836,9 milhões, obtendo uma participação no PIB cearense de 2,91% e da RMF de 4,52%, mas, em 2019, o PIB do município atingiu R$ 6,92 bilhões, ou seja, aumentando sua participação no PIB estadual para 4,23% e no PIB da RMF para 6,70%. Tal resultado levou Caucaia a registrar o segundo maior ganho de participação no PIB estadual: de 1,32 p.p. no período, após crescimento de 1,45 vezes, na comparação dos dois anos. Caucaia também apresentou o segundo maior ganho de participação no PIB da RMF: de 2,18 p.p. no período, após sua participação aumentar 1,48 vezes na comparação dos dois anos.

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Com as mudanças ocorridas entre 2002 e 2019, as cinco principais economias pertencentes a RMF passaram a ser (em 2019): Fortaleza (65,26%); Maracanaú (9,44%); Caucaia (6,70%); São Gonçalo do Amarante (3,64%); e Eusébio (3,10%). A participação conjunta desses cinco municípios era de 88,13% da referida região. As três primeiras posições se mantiveram ao observado em 2002. O município do Eusébio caiu da quarta para a quinta posição. O grande destaque ficou com o município de São Gonçalo do Amarante que figurava na décima terceira colocação e saltou para a quarta colocação em 2019.

Dentre aqueles municípios, os crescimentos mais expressivos que se traduziram em forte ganho de participação foram observados em São Gonçalo do Amarante e Caucaia. Para se ter uma ideia mais clara deste fenômeno de crescimento, o PIB de Fortaleza, em 2002,  era 177,7 vezes maior que o PIB de São Gonçalo do Amarante e Caucaia 11,1 vezes maior. Em 2019, o PIB de Fortaleza passou a ser apenas 17,9 vezes maior que o PIB de São Gonçalo do Amarante e Caucaia apenas 1,84 vezes maior. As constatações – e muitas outras – estão no Ipece/Informe (nº 204 – janeiro/2022) – Impactos socioeconômicos do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP), que acaba de ser lançado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

ESTUDO

Tendo como autores os analistas de Políticas Públicas do Ipece Alexsandre Lira Cavalcante, Cleyber Nascimento de Medeiros e Witalo de Lima Paiva, o estudo teve como objetivo de apresentar alguns impactos socioeconômicos do CIPP sobre os municípios de Caucaia e São Gonçalo do Amarante. Os dados revelaram que ambos os municípios registraram forte crescimento na participação do PIB cearense, especialmente São Gonçalo do Amarante. “No tocante ao comércio exterior foi possível observar que o município de São Gonçalo do Amarante tornou-se o principal participante da pauta das exportações cearense em função das vendas externas da Companhia Siderúrgica do Pecém”. Os efeitos positivos sociais também foram observados pela forte expansão do emprego formal, bem como pela expansão da qualificação da mão de obra no mercado de trabalho de cada município, gerando ganhos reais na remuneração média paga.

O trabalho, composto por 68 páginas, apresenta muitas outras in formações, além do PIB. O estudo enfoca, por exemplo, a localização do Complexo do Pecém, sua história e os principais números do terminal; Indicadores Econômicos e Sociais; Produto Interno Bruto (Evolução do PIB Cearense, População Estimada, Produto Interno Bruto Per Capita, Evolução do Comércio Exterior); Empregos Formais (Evolução do Estoque de Empregos Formais; Evolução do Estoque de Empregos Formais por Setores); Evolução da Distribuição dos Vínculos e da Remuneração Média por Atividades e Evolução da Distribuição dos Vínculos e da Remuneração Média por Escolaridade.

Clique aqui e acesse o IPECE Informe – Nº 204 – Impactos socioeconômicos do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP).

Assessoria de Comunicação do Ipece
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