Ceará é o 1º do NE e o 13º do Brasil na oferta para alunos de alimentos não adquiridos em “cantinas”

6 de janeiro de 2022 - 11:00

Em 2019, 74,9% dos alunos cearenses, entre 13 e 17 anos, frequentavam escolas (pública e privada) que ofereciam comida ou merenda, não contemplando os alimentos adquiridos em cantinas, levando o Estado a ser destaque no Nordeste, ocupando o primeiro lugar, e o 13º do Brasil. O desempenho cearense, inclusive, superou a nordestina, de 71,1%, ficando um pouco abaixo da brasileira, de 75,3%. Os dados – e muitos outros – estão no Ipece / Informe nº 202 – janeiro / 2022 – Alimentação de escolares no contexto pré-pandemia da Covid-19: uma análise dos dados da PeNSE do IBGE de 2019, que acaba de ser lançado pela Diretoria de Estudos Sociais (Disoc) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Naquele ano, 84,9% da rede pública cearense ofereciam comida ou merenda escolar, contra 80,2% do Nordeste e 85,2% do Brasil, enquanto na rede privada do Estado o índice atingiu 9,8%, contra 10,1 % do Nordeste e 16,2% do País. Também em 2019, 100% dos alunos das redes pública e privada do Ceará estavam em escolas que informaram que ofereciam refeição para eles, no turno da manhã, índice superior ao Nordeste e do Brasil, respectivamente de 97,5% e 98,4 % O índice geral cearense (100%) bateu o desempenho nordestino, de 97,5% para público e de 99,9% para privado, bem como da brasileira, de 98,6% e 95,2%, respectivamente.

No Ceará 99,2% dos alunos, de 13 a 17 anos, estavam em escolas públicas que informaram adotar legislação, política ou regra escrita própria sobre alimentos oferecidos e / ou comercializados em suas dependências, por unidade administrativa da escola, em 2019, taxa maior que a nacional (96,7%) e a da encontrada na Região Nordeste (95,8%) – informa Raquel da Silva Sales, autora do trabalho e membro da Câmara Intersetorial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan / Ceará). “Sabemos da importância de adotar legislação, política ou regra escrita própria sobre alimentos oferecidos e / ou comercializados nas escolas. Portanto, nas escolas públicas do país a alimentação para a educação infantil contém algumas diretrizes e protocolos. Alguns dos princípios normativos estão assegurados por lei ”- observa.

Segundo o estudo, não comparativo entre os estados, o Ceará (99,2%) foi o décimo segundo maior do Brasil e o terceiro do Nordeste em percentual de alunos, de 13 a 17 anos, que estavam em escolas públicas e que informaram adotar legislação , política ou regra escrita própria sobre alimentos oferecidos e / ou comercializados em suas dependências. No Ceará, 100% dos escolares da rede pública estavam em escolas que informaram oferta de alimentação para os alunos, taxa maior que a da região (99,7%) e a brasileira (99,4%). Raques Sales afirma que o aproveitamento escolar e a melhoria da condição de saúde dos alunos dependentes, em parte, da qualidade da alimentação fornecida nas escolas.

PESQUISA

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde e apoio com o Ministério da Educação, sobre o tema de alimentação de escolares, vem realizando uma pesquisa de periodicidade eventual com informações que permitem e dimensionar os fatores de risco e proteção à saúde dos escolares denominada de Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE). Lançada em setembro de 2021, a mais recente edição da PeNSE faz referência ao ano de 2019. Assim, pode-se dizer que ela trouxe-se o contexto pré-pandemia de escolares de 13 a 17 anos estudantes do 7º ano do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio da rede pública e privada em todo Brasil.

O trabalho o Ipece tem objetivo apresentar a situação da alimentação dos escolares no Ceará, fazendo um comparativo com a situação do Nordeste e do Brasil. O intuito é contribuir com informações que motivem o debate e que resultados em melhores estratégias e planos de combate às vulnerabilidades existentes ou de medidas a serem adotadas para promover e garantir a segurança alimentar e nutricional de estudantes.

Clique aqui e acesse o   Informe do IPECE – Nº 202 – Alimentação de escolares no contexto pré-pandemia da Covid-19: uma análise dos dados da PeNSE do IBGE de 2019.

Assessoria de Comunicação do Ipece
(85) 3101.3509