Estudo apresenta diferentes dimensões de análise dos problemas do mercado de trabalho

10 de novembro de 2021 - 13:45

“O problema enfrentado pelas pessoas no mercado de trabalho cearense é muito maior do que parece. Não são somente os 563.317 desocupados que estão à procura de emprego e não estão encontrando. Temos que lembrar que parte das pessoas que está ocupada sente que poderia fazer mais e trabalhar mais e quem sabe aumentar sua renda compondo um contingente de 436.007 pessoas que não estão satisfeitas com as horas trabalhadas ”. A constatação é do analista de Política Pública do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) Alexsandre Lira Cavalcante.

De acordo com o Analista, existem aquelas que até fizeram alguma busca, mas não se encontravam aptas para assumir a vaga e aquelas que não fizeram nenhuma busca, mas gostaria de ter se encaixadas no mercado de trabalho. Somadas, essas pessoas totalizam 733.796 pessoas nesta condição. Pode-se, assim, dizer que 1.733.120 pessoas apresentam algum tipo de problema no mercado de trabalho estadual. “Isso sem falar das condições degradantes de trabalho e das baixas remunerações, especialmente aquele que se ocupa na informalidade, que representam hoje 53,9% do total de pessoas ocupadas em nosso estado”.

Uma análise realizada para diferentes faixas etárias são importantes, pois permite focalizar melhor o problema e a partir disso é possível pensar o melhor nas soluções. “Diante dos números constatou-se que uma faixa etária de 19 a 39 anos de idade é a que detém o maior percentual de pessoas com sua força de trabalho subutilizadas e informalidade” – observa. Alexsandre ressalta, no entanto, que os problemas do mercado de trabalho de qualquer país no mundo estão de longe centrados apenas no problema da desocupação (mais popularmente conhecido como desemprego), ou seja, não é apenas uma realidade local, cearense.

“Questões mais intrínsecas do mercado de trabalho precisam ser estudadas de forma mais apurada para se tentar obter um raio x de sua magnitude para se tentar entender seus efeitos e proporções para minimizar suas causas” – frisa Alexsandre Lira, autor do Ipece / Informe (194 – novembro / 2021) – Uma análise dos fatores que compõem a subutilização da força de trabalho cearense para diferentes faixas etárias, que acaba de ser publicado pelo Instituto.

Clique  aqui e acesse o  IPECE Informe Nº 194 – Uma Análise dos Fatores Que compõe uma subutilização da Força de Trabalho cearense para Diferentes Informação Indisponível etárias.

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