Estudo revela números do PIB do Ceará de 2018 com base nos dados consolidados divulgados pelo IBGE

13 de novembro de 2020 - 10:06

O Produto Interno Bruto (PIB) cearense, em 2018, chegou a R$ 155,904 bilhões, valor que, quando comparado com 2017 (R$ 147,922 bilhões), representa crescimento real (em volume) de 1,45%. O PIB per capita, em 2018, atingiu R$ 17.178,00, contra os R$ 16.398,00 do ano anterior. Já os três setores econômicos que compõem o PIB tiveram os seguintes resultados: agropecuária apresentou evolução de 8,23%; os serviços cresceram 1,86%, enquanto a indústria passou por um recuo de -1,95% em 2018 na comparação com 2017. Os dados, e muitos outros, estão no trabalho Produto Interno Bruto – PIB do Ceará nas Óticas da Produção e da Renda/2018 (Novembro de 2020), que acaba de ser lançado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará.

Com o resultado do PIB de 2018, o Ceará registrou uma participação de 2,23% do PIB nacional, com um ganho de 0,30 p.p (ponto percentual) em relação ao ano de 2002, ocupando a décima segunda posição no país e a terceira na região Nordeste. Na análise do crescimento acumulado, para o período 2002-2018, o Estado registrou o 17º maior crescimento, com um valor de 55,12%, enquanto no período 2010-2018, a elevação acumulada foi de 10,24%. Em 2018, todas as regiões apresentaram crescimentos no PIB. As maiores foram registradas nas regiões Norte (3,39%) e Centro-Oeste (2,22%), seguidas do Sul (2,13%), Nordeste (1,80%) e Sudeste (1,41%). Quando se considera os estados, apenas Sergipe registrou queda (-1,79%), enquanto os estados que mais cresceram foram: Amazonas (5,09%), Roraima (4,77%) e Mato Grosso (4,32%).

TABELA: Produto Interno Bruto – Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação – Anos selecionados (R$ milhões)

O estudo tem como base dados (Contas Regionais para o ano de referência 2018) que acabam de ser divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), simultaneamente com o Ipece. O documento apresenta os números definitivos para todos os estados brasileiros de um dos principais indicadores econômicos: o Produto Interno bruto (PIB). Além dos PIBs dos estados, a publicação do IBGE traz um conjunto amplo de dados sobre a atividade produtiva em cada unidade da federação, bem como sobre a composição da renda agregada que cada estado gerou a partir do funcionamento da economia local. Por questões metodológicas, os indicadores possuem dois anos de defasagem, ou seja, no ano de 2020 são divulgados os dados relativos a 2018.

O trabalho foi elaborado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Ipece, tendo como autores os analistas de Políticas Públicas Alexsandre Lira Cavalcante, Daniel Cirilo Suliano, Nicolino Trompieri Neto, Witalo de Lima Paiva e a assessora Técnica Ana Cristina Lima Maia Souza. De acordo com Witalo Paiva, o estudo, ao apresentar os resultados definitivos das contas regionais, oferece diversas medidas de desempenho econômico para cada um dos estados brasileiros. Para a maior parte destes, o documento supri uma lacuna importante no conjunto de indicadores disponíveis sobre a atividade econômica local. “De fato, muitos estados não dispõem de acompanhamento de curto prazo da economia, não produzem estimativas de maior frequência para o PIB e, neste cenário, a divulgação das contas regionais se mostra essencial. Ao contrário da maioria, uma pequena parcela dos estados brasileiros produz estimativas de curto prazo para o PIB local, o Ceará entre eles”.

Witalo Paiva afirma que, seguindo as orientações metodológicas do IBGE, o que garante a comparabilidade dos resultados, o Ceará produz indicadores trimestrais que permitem antecipar a dinâmica anual do PIB, construindo estimativas que tentam antecipar os resultados definitivos e eliminar o problema da defasagem. Entretanto, mesmo para tais estados, os resultados definitivos são de grande importância. A divulgação das contas regionais permite uma análise mais fiel da economia local, que a partir do documento se dá em bases definitivas, livre dos erros comuns em análises que se baseiam apenas em estimativas. “Tão importante quanto o ganho analítico, os dados definitivos retroalimentam o sistema de acompanhamento de curto prazo, corrigindo estimativas, compatibilizando resultados e favorecendo estimativas melhores para os anos seguintes, em um ciclo contínuo” – conclui.

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Assessoria de Comunicação do Ipece
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