Estudo revela que taxa de desocupação no Ceará permaneceu estável no 2º trimestre de 2020

1 de setembro de 2020 - 13:08

“A desocupação no Ceará permaneceu estável com relação ao primeiro trimestre do ano. Parte desses efeitos pode ser resultante da ausência de flexibilidade do mercado de trabalho ou suspensão temporária dos contratos de trabalho”. As medidas emergenciais, como a suspensão do contrato de trabalho, surtiram efeito e conseguiram minimizar os danos”. Essa é uma das principais conclusões da nova edição do Termômetro do Mercado de Trabalho – 2º Trimestre/2020 (nº 12), que analisa dados do mercado de trabalho cearense no segundo trimestre deste ano. O estudo que acaba de ser publicada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), por intermédio da Diretoria de Estudos Econômicos (Diec).

De acordo com o estudo, o mercado de trabalho cearense, no segundo trimestre de 2020, refletiu sinais claros por conta da pandemia do novo coronavírus. No primeiro trimestre, a taxa de participação havia recuado levemente tendo, no segundo trimestre, sofrido expressiva queda ao registrar uma taxa mínima de 47,7%. O final do primeiro trimestre e grande parte do segundo trimestre de 2020 coincide com as medidas de isolamento social no Ceará, tendo apresentado impactos diretos na taxa de participação e na força de trabalho.

A taxa de participação é diretamente proporcional a força de trabalho. Dessa forma – explica o analista de Políticas Públicas do Ipece Daniel Suliano, autor do trabalho -, em um ambiente de isolamento social, os desocupados acabam desistindo de procurar trabalho. A retomada da atividade econômica a partir de 2017 vinha elevando paulatinamente a taxa de participação cearense ao longo do ano de 2019. No entanto, a pandemia da Covid-19 inverteu essa tendência.

O incremento do auxílio emergencial na renda das famílias cearense pode ter incentivado a redução da taxa de participação com relação a taxa de participação do Brasil a partir das diferenças de custo de vida. Por outro lado, nesse segundo trimestre de 2020 os efeitos por conta da pandemia da Covid-19 no mercado de trabalho brasileiro são nítidos: a taxa de desocupação atingiu 13,3%, valor próximo ao do segundo trimestre de 2017, quando a economia se encontrava em um processo de recuperação.

Clique aqui e acesse o Termômetro do Mercado de Trabalho – 2º Trimestre 2020 – edição nº 12.

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