Estudo do Ipece revela municípios com maior e menor vulnerabilidade no Ceará em 2020

14 de agosto de 2020 - 13:18

Monsenhor Tabosa, Catarina, Abaiara, Boa Viagem, Pedra Branca, Quixadá, Nova Olinda, Limoeiro do Norte, Itatira, Quixelô, Forquilha, Irauçuba, Senador Pompeu, Independência, Iguatu, Morada Nova, Granjeiro, Tururu, Salitre, Novo Oriente, Aracoiaba, Cariré e Jaguaribe são, dentre os 184 municípios cearenses, os que estão em alta vulnerabilidade em 2020, de acordo com o Índice Municipal de Alerta (IMA). O Índice avalia um conjunto de 12 indicadores, os quais buscam captar a vulnerabilidade no que diz respeito aos aspectos climatológicos, agrícolas e sociais, pertinentes às áreas de meteorologia, produção agrícola e assistência social. Os dados – e muitos outros – estão no relatório Índice Municipal de Alerta (IMA/2020) – Um Instrumento de Orientações Preventivas Sobre Adversidades Climáticas no Estado do Ceará, que acaba de ser publicado pela Gerência de Estatística, Geografia e Informação (Gegin) do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará.

Também com base em 2020 (janeiro a junho), o grupo de baixa vulnerabilidade é composto por 24 municípios, que se concentram (destaques) nas regiões de planejamento da Grande Fortaleza (nove municípios), Serra da Ibiapaba (seis municípios) e Maciço de Baturité (cinco municípios). São eles: Ibiapina, São Benedito, Guaraciaba do Norte, Moraújo, Ubajara, Eusébio, Viçosa do Ceará, Tianguá, Fortaleza, Pacoti, Paracuru, Meruoca, Aquiraz, Cascavel, Aratuba, Maracanaú, Itaitinga, Granja, Acaraú, Palmácia, Redenção, Barreira, Trairi e Pindoretama. “Pode-se conjecturar que este resultado é devido ao fato destas regiões possuírem municípios que registraram maiores precipitações pluviométricas neste ano, e também por deterem boas condições de infraestrutura hídrica, melhor situação relativa de produção agrícola e satisfatórios indicadores de assistência social” – ressalta o documento.

De acordo com o analista de Políticas Públicas Cleyber Nascimento de Medeiros, autor do estudo e que integra a Gerência de Estatística, Geografia e Informação (Gegin) do Ipece, para o ano de 2020, o quantitativo de municípios, segundo as quatro classes do IMA (Alta Vulnerabilidade, Média-Alta Vulnerabilidade, Média Vulnerabilidade e Baixa Vulnerabilidade) foi de 23 municípios com alta vulnerabilidade (12,5% do total), enquanto 24 municípios foram qualificados na categoria de baixa vulnerabilidade (13,1%).  “Menciona-se, ainda, que a maior parte dos municípios cearenses se concentra nas classes de média-alta e média vulnerabilidade, correspondendo, respectivamente, por 45,1% e 29,3% do total de municípios” – observa.

De acordo com o Analista de Políticas Públicas do Ipece, é possível verificar, ao analisar as estatísticas descritivas para o índice global e para as quatro classes de vulnerabilidade do IMA, que a média geral do Índice Municipal de Alerta para os municípios foi igual a 0,6391, enquanto o valor mínimo e máximo correspondeu a 0,3511 e 0,8414, respectivamente. “Averiguando detalhadamente as estatísticas da referida tabela, verifica-se que a média dos municípios das classes de Alta (0,7321) e Média-Alta (0,6694) vulnerabilidade é superior ao valor médio do IMA Global, enquanto que na classe de vulnerabilidade Média os valores dos índices foram próximos, com valores de 0,6104 e 0,6391, respectivamente. Observa-se, ainda, que a média do IMA do grupo de municípios com Alta Vulnerabilidade equivale a uma taxa 43,6% maior do que a atinente ao grupo de Baixa vulnerabilidade (0,5099).”

Cleyber Nascimento afirma que o IMA, que é calculado desde 2004, foi concebido no âmbito do Grupo Interinstitucional Permanente para Convivência e Desenvolvimento Sustentável do Semiárido, contando com a participação de técnicos de diversas secretarias do Estado. Ele ressalta que o Ceará tem cerca de 90% de seu território inserido no semiárido, que em termos geoambientais constitui-se em uma região marcada pela variabilidade têmporo-espacial das chuvas, detendo altas temperaturas e elevada deficiência hídrica. O Governo do Estado – frisa – tem efetivado muitas ações para amenizar os efeitos da escassez hídrica no território cearense, como por exemplo, a construção de barragens e açudes, a instalação de adutoras, a perfuração e instalação de poços, a implantação de sistemas de abastecimento de água, a transposição do rio São Francisco, a integração de bacias hidrográficas por meio do projeto Cinturão das Águas.

Clique aqui e acesse o Índice Municipal de Alerta (IMA) – 2020.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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