João Mário prevê início da retomada da economia e destaca participação do Ipece no plano de reabertura das atividades
4 de junho de 2020 - 12:14
No segundo semestre deste ano, a economia do Ceará, que passa por uma etapa de transição, deverá engrenar. Mas, essa previsão somente acontecerá se tudo ocorrer como foi planejado. A afirmação é do professor João Mario de França, diretor Geral do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Na semana passada (31/7), o Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais, que traça o processo de reabertura gradual das atividades econômicas no Estado, foi anunciado pelo governo cearense. O Ipece participou da elaboração do Plano, iniciado na última segunda-feira (1/6) com a fase de transição, que se estende até a próxima segunda-feira (8).
O plano foi elaborado por um grupo de trabalho estratégico, criado por decreto pelo governador Camilo Santana, e foi formado por integrantes do Governo estadual, setores produtivos e sociedade civil, tendo como observadores o Ministério Público Federal, o Ministério Público Estadual e o Ministério Público do Trabalho. O processo de liberação da atividade econômica conta com uma fase inicial de transição, em que estão contemplados 17 setores, e mais quatro fases de abertura, obedecendo a critérios técnicos, sanitários e epidemiológicos, afirma João Mário. Na fase de transição vai ser analisado o comportamento das pessoas e das empresas nesse processo de retomada.
O Ipece – observa o Diretor Geral do Instituto – contribuiu com o Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e Comportamentais de várias maneiras, dentre elas com o levantamento detalhado, utilizando “o instrumental da matriz de insumo produto, das atividades econômicas que tem maior impacto econômico em termos principalmente de produção, empregos formais e encadeamento produtivo”. Tais informações – frisa – se juntaram às informações de risco sanitário das atividades e compuseram o índice de abertura responsável, “que teve um peso bem maior para fatores sanitários e elegeu as cadeias produtivas e suas respectivas Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAEs) que entrariam nas fases, em geral, de maneira parcial”.
Para João Mário, o Ceará cumpriu bem a etapa de isolamento social, com medidas rígidas que permitiram diminuir a propagação do vírus (Covid-19) e que gerou tempo suficiente para investimentos na infraestrutura na área da saúde, possibilitando, dessa forma, a retomada gradual e com responsabilidade da economia. Ele ressalta, no entanto, que apesar da retomada da economia começar neste segundo semestre, o crescimento econômico ocorrerá mesmo no próximo ano, quando o Estado voltará a apresentar bons indicadores. O processo de retomada – concluiu – é lento e está condicionado ao comportamento dos indicadores de saúde, daí a importância de que todos cumpram seu papel quanto ao isolamento e as normas de higiene.
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Assessoria de Comunicação do Ipece
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