Bens intermediários lideram exportações do Ceará em 2019

5 de março de 2020 - 13:46

Em 1997, os bens de consumo respondiam por 66,1% do total exportado pelo Ceará, alcançando seus picos de participação nos anos de 1998 (67,5%), 2009 (67,4%) e 2010 (66,2%).  No entanto, a partir de 2009, a participação dos bens de consumo na pauta apresentou uma trajetória de queda, sendo superado pelas exportações de bens intermediários a partir de 2017. Nos últimos dois anos, 2018 e 2019, as vendas de bens intermediários participaram com mais de 70% da pauta de exportações cearenses. As informações estão no Ipece/Informe (nº 173 – Março/2020) – Principais Mudanças Ocorridas no Comércio Exterior Cearense por Grandes Categorias Econômicas Entre os Anos de 1997 a 2019. O trabalho acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

O estudo revela que, ao analisar a evolução do valor das exportações cearenses por grupos de uso dos produtos para alguns anos selecionados, é possível perceber que o principal grupo, em 2019, era o de bens intermediários (72,3%), mais especificamente o de insumos industriais elaborados, que participou com 62,2% de tudo o que foi exportado pelo Ceará. No grupo dos bens de consumo (25,9%), o destaque fica por conta dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis, que registrou participação de 25,7%, ou seja, quase a totalidade das vendas de bens de consumo realizada pelo Estado.

A evolução dos principais usos dos produtos participantes da pauta de importações cearenses entre os anos de 1997 e 2019 também foi analisada. Durante a maior parte dos anos da série, os bens intermediários lideraram a pauta de importações cearense. A importação desse grupo de produtos chegou a registrar um pico de participação nos anos de 2003 (83,70%) e 2008 (78,46%) – vindo a passar por menor participação no ano de 2016 (30,88%). O pico foi em decorrência do salto nas aquisições de bens de capital oriundos da Coreia do Sul com o objetivo de iniciar as operações na Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP).

No entanto, de acordo com o trabalho do Ipece, nos anos de 2017 (51,88%), 2018 (51,55%) e 2019 (52,28%) voltaram para a liderança, mas num nível inferior ao observado nos anos anteriores, em função do aumento da participação de combustíveis e lubrificantes, segundo principal grupo de produtos importados pelo Ceará. Também é analisada a evolução do valor das importações cearenses por grupos de uso dos produtos para alguns anos selecionados. Nesse caso, o principal grupo de produtos importados, em 2019, era o de bens intermediários (52,3%), mais especificamente o de insumos industriais elaborados, que participava com 31,5% de tudo o que foi importado pelo Ceará, semelhantemente ao que está ocorrendo nas exportações.

Clique aqui e acesse o Ipece Informe Nº 173 – Principais Mudanças Ocorridas no Comércio Exterior Cearense por Grandes Categorias Econômicas entre os Anos de 1997 a 2019.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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