Emprego com carteira assinada tem saldo positivo em 14 capitais no período de janeiro a agosto de 2019

10 de outubro de 2019 - 11:17

Das vinte e seis capitais brasileiras e mais Brasília, 14 apresentaram saldo positivo de emprego (carteira assinada) no acumulado de janeiro a agosto de 2019, quando o Brasil registrou 539.640 vagas antes do ajuste (declarações realizadas pelas empresas dentro do prazo). Os maiores saldos foram registrados em São Paulo (58.889 vagas); Belo Horizonte (17.085); Curitiba (16.793); Brasília (13.389) e Manaus (8.558). Já 13 capitais tiveram saldos negativos e os piores foram verificados no Rio de Janeiro (-8.072 vagas); Fortaleza (-4.139 vagas); Teresina (-3.884); Porto Alegre (-2.385) e Belém (-2.010). Os dados estão no Ipece/Informe (nº 160 – Outubro/2019) – Ranking do Saldo de Empregos Formais nas Capitais Brasileiras Antes e Após o Ajuste nos Dados, que acaba de ser do instituto de Pesquisa e estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

De acordo com o estudo, que tem como base dados do cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) da Secretaria do Trabalho/Ministério da Economia, a destruição de vagas no Rio de Janeiro foi puxada principalmente pelos setores de comércio e indústria de transformação. Em Fortaleza, dos oito setores analisados, apenas três apresentaram saldo positivo com a destruição de vagas sendo puxada pelos setores de comércio, construção civil e indústria de transformação. Em Teresina a destruição de vagas ocorreu sobretudo nos setores de serviços, indústria de transformação e comércio. Porto Alegre destruiu vagas principalmente na construção civil, comércio e indústria de transformação, enquanto que em Belém a destruição foi verificada na construção civil e no comércio.

O analista de Políticas Públicas do Ipece Alexsandre Lira Cavalcante, autor do trabalho, afirma que, das 539.640 vagas com carteira assinadas verificadas no Brasil, no acumulado de janeiro a agosto deste ano, sete dos oito setores analisados foram responsáveis pela geração de empregos, sendo os maiores no serviços (+322.959 vagas), seguido pela indústria de transformação (+94.584 vagas); construção civil (+89.280 vagas) e agropecuária (+70.992 vagas). O setor de comércio foi o único a gerar saldo negativo de empregos (-62.299 vagas). “É possível verificar que 93,63% dos empregos gerados na extrativa mineral ocorreu fora das capitais brasileiras. Fato semelhante ocorreu na indústria de transformação, com participação de 96,32%, revelando que a recuperação desse setor está ocorrendo fora das capitais, talvez próximo a elas nas regiões metropolitanas”.

No setor de serviços industriais de utilidade pública – observa –  46,22% dos empregos foram gerados nas capitais. Por sua vez, na construção civil a geração de empregos também está ocorrendo fora das capitais, com participação de 69,91% das vagas. “A destruição de vagas no comércio é geral tanto dentro quanto fora das capitais. Apenas em cinco capitais foi observado geração de vagas neste setor (Curitiba, Brasília, Palmas, Boa Vista e João Pessoa). O setor de serviços também está respondendo melhor fora das capitais brasileiras”.

A administração pública registrou saldo negativo no conjunto das capitais, mas saldo positivo na soma dos demais municípios, em apenas dez capitais foi observado saldo positivo na administração pública, quando Salvador foi destaque com a maior criação de vagas. Alexsandre Lira conclui afirmando que quase 100% dos empregos gerados na agropecuária ocorreram também fora das capitais brasileiras – “como era esperado” – e a capital que mais gerou vagas neste setor foi São Paulo.

Clique aqui e acesse o IPECE Informe Nº 160 – Ranking do Saldo de Empregos Formais nas Capitais Brasileiras Antes e Após o Ajuste nos Dados.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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