Comércio do Ceará ganha participação regional e nacional entre 2014 e 2017, revela estudo do Ipece

8 de outubro de 2019 - 11:37

O comércio cearense, entre 2014 e 2017, ganhou participação nacional e regional – em ponto percentual – em todas as cinco variáveis analisadas de acordo com a Pesquisa Anual de Comércio (Pac). Com relação ao país, o maior incremento ocorreu principalmente na margem de comercialização de empresas comerciais (0,27%), seguido pela receita bruta de revenda de mercadorias (0,15%), número de unidades locais com receita de revenda (0,12%), gastos com salários, retiradas e outras remunerações em empresas comerciais (0,12%) e por fim, pessoal ocupado em empresas comerciais (0,08%). A constatação está no Ipece/Informe (nº159 – outubro/2019) – Mudanças na Estrutura Produtiva das Empresas de Comércio Varejista Cearense: Uma análise Comparativa entre Brasil, Regiões e Estados no Período de 2014 a 2017, que acaba de ser lançado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Já com relação ao Nordeste, o maior ganho de participação também ocorreu na margem de comercialização de empresas comerciais, seguido pelo número de unidades locais com receita de revenda, receita bruta de revenda de mercadorias, pessoal ocupado em empresas comerciais e por fim, gastos com salários, retiradas e outras remunerações em empresas comerciais. A informação é do autor do trabalho, o analista de Políticas Públicas Alexsandre Lira Cavalcante, que integra a equipe da Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do Instituto. Ele observa que, ao analisar os dados de abertura para as atividades que formam o comércio no Ceará foi possível notar que as empresas de comércio varejista ganharam participação em quatro das cinco variáveis estudadas. A única perda foi verificada no número de unidades locais com receita de revenda, apesar do incremento de vinte e oito unidades.

No entanto, a variável que as empresas de comércio varejista apresentou maior incremento de participação foi na margem de comercialização em empresas comerciais, seguida pela receita bruta de revenda de mercadorias, depois por Gastos com salários, retiradas e outras remunerações em empresas comerciais e no total de pessoal ocupado – frisa o Analista de Políticas Públicas do Ipece. Ele a firma que, “a partir da análise realizada, foi possível observar que a atividade de comércio nacional e nordestina apresentou queda de quantidade e valor nas cinco variáveis observadas. Todavia, o comércio cearense apresentou crescimento no número de unidades locais com receita de revenda, no valor da margem de comercialização em empresas comerciais e no valor total dos gastos com salários, retiradas e outras remunerações em empresas comerciais, e queda no valor total da receita bruta de revenda de mercadorias e no contingente de pessoas ocupadas em empresas comerciais na comparação dos anos de 2014 e 2017”.

Apesar do incremento de 184 novas unidades locais com receita de revenda, as empresas comerciais cearenses  (levando em consideração a valor em real e não no percentual de participação) registraram uma redução de R$ 375,4 milhões em valor de receita bruta de revenda de mercadorias, mas um aumento de R$ 571,2 milhões na margem de comercialização e um aumento de R$ 140,7 milhões em gastos com salários, retiradas e outras remunerações em empresas comerciais, mesmo diante uma redução de 3.291 pessoas ocupadas. Para concluir, Alexsandre Lira ressalta que, em 2017, as empresas de comércio varejista concentraram 84,69% do total das empresas comerciais cearenses, participando com uma receita bruta de revenda de 57,24% do total, 66,20% da margem de comercialização, 79,37% do pessoal ocupado e com 73,40% dos gastos com salários, retiradas e outras remunerações.

Clique aqui e acesse o IPECE Informe – Nº 159 – Mudanças na Estrutura Produtiva das Empresas de Comércio Varejista Cearense_ Uma análise comparativa entre Brasil, Regiões e Estados no Período de 2014 a 2017.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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