Estudo analisa dinâmica de empregos com carteira assinada no Ceará e Brasil

28 de agosto de 2019 - 15:32

O Ceará criou 652 vagas de empregos com carteira assinada no segundo trimestre deste ano em relação a igual período de 2018, apresentando uma tímida recuperação na comparação com o primeiro trimestre, quando foram destruídos 7.493 postos. Isso mostra sinais dos problemas ainda enfrentados pelo mercado de trabalho cearense, que apresentou trajetória diferente da nacional. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados mensalmente pela Secretaria de Trabalho, órgão pertencente ao Ministério da Economia, o Brasil gerou um saldo positivo de 225.408 vagas com carteira assinada no segundo trimestre do ano de 2019, resultado superior ao registrado no primeiro trimestre do mesmo ano (192.183 vagas).

Como resultado do movimento observado ao longo do ano, o Brasil conseguiu criar 417.591 vagas de trabalho celetista, saldo levemente abaixo do registrado em igual período de 2018 (426.135 vagas), mantendo o ritmo de criação de vagas, dando sinais de uma manutenção do ritmo de criação de vagas no mercado de trabalho nacional. Por outro lado, o Ceará enfrenta sérios problemas na geração de empregos formais, acumulando perda de 6.841 vagas até junho de 2019, resultado bem diferente do alcançado no mesmo período de 2018 (+10.343 vagas). Esses números mostram a falta de dinamismo do mercado de trabalho estadual. Os dados – e muitos outros – estão no Ipece Informe (nº157) – Dinâmica Trimestral dos Empregos Celetistas Cearense – 2º Trimestre de 2019, publicado pelo Instituto  de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Tabela 1: Evolução trimestral do saldo de empregos celetista – Brasil e Estados – 2º Trim./2018 ao 2º Trim./2019

De acordo com o autor do estudo, Alexsander Lira Cavalcante, analista de Políticas Públicas do Ipece, no segundo trimestre de 2018 um total de 23 estados havia registrado saldo positivo de empregos celetista, número que caiu para 13 no primeiro trimestre de 2019, aumentando para 24 estados no segundo trimestre de 2019. Os três maiores saldos positivos no segundo trimestre de 2019 foram observados nos estados de São Paulo (77.552 vagas); Minas Gerais (54.714 vagas) e Bahia (17.306 vagas). Por outro lado, os piores resultados desempenhos ocorreram no Rio Grande do Sul (-17.818 vagas); Alagoas (-6.540 vagas) e Amapá (-293 vagas). O  Ceará ocupou a vigésima primeira colocação no ranking nacional.

Os três maiores saldos positivos no acumulado do ano até junho foram observados nos estados de São Paulo (154.066 vagas); Minas Gerais (89.337 vagas) e Santa Catarina (50.322 vagas). Os três piores resultados observados nos estados de Alagoas (-24.207 vagas); Pernambuco (-23.710 vagas) e Paraíba (-7.515 vagas). O Ceará figurou na quarta pior colocação com saldo negativo de 6.841 vagas.

Clique aqui e acesse o Ipece Informe Nº 157 – Dinâmica Trimestral dos Empregos Celetistas Cearense – 2º Trimestre de 2019.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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