Novo Trabalho do Ipece traça perspectiva para economia local e nacional

2 de julho de 2019 - 16:54

Em abril de 2019, o nível de atividade econômica brasileira apresentou recuo mensal 0,47%, e segue em trajetória decrescente desde dezembro de 2018. Já para o Ceará, a trajetória mostrou tendência de crescimento desde janeiro, mas em abril manteve-se estável quando comparada a março, com recuo de 0,01%. Ambos resultados para abril evidenciam a dificuldade na retomada do crescimento econômico, que reflete as incertezas e dúvidas dos agentes econômicos quanto ao rumo que as políticas fiscais e econômicas irão tomar e quais serão seus impactos na econômica nacional e regional. A análise está nova edição do Farol da Economia Cearense (nº 02/2019) publicada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará.

Elaborado pela Diretoria de Estudos de Gestão Pública (Digep) do Ipece, que tem como titular Marília Rodrigues Firmiano, o trabalho observa que, ao comparar os setores da economia brasileira em abril deste ano, é possível perceber que os resultados em relação a abril de 2018 foram mais positivos do que os obtidos em março (na comparação com o mesmo mês do ano anterior), quando todos os setores haviam recuado. No caso do Ceará, a indústria obteve excelente resultado com ampliação, entre abril de 2019 e abril de 2018, de 6,5%, enquanto o Varejo Comum aumentou 0,2% e o Varejo Ampliado 3,3%. Já o volume de serviços passou por retração em 2,0%, bem menor que o recuo verificado em março. Até abril, o mercado de trabalho reagiu bem com saldo positivo de emprego de 351 mil postos, mas o saldo para o Ceará foi negativo em quase 7 mil vagas.

As expectativas de mercado para o desemprego em 2019, de acordo com Marília Firmiano, ainda são alarmantes, com taxa em torno de 12%, e apontam para a necessidade de políticas voltadas à geração de emprego. “As incertezas econômicas pareciam vir se reduzindo e as expectativas dos consumidores e empresários vinham melhorando no período pós-eleições, com as expectativas positivas a respeito do novo governo. Infelizmente estas melhoras nos índices de incerteza e expectativas não se mostraram consistentes. Em abril e maio, o índice de incerteza da economia nacional aumentou em 10,3 pontos percentuais (ppts), mantendo-se acima da média histórica; o ICC (confiança do consumidor) para Brasil apresentou queda, em abril e maio. Para o Ceará, após queda em abril, ficou relativamente estável em maio” – ressalta

As expectativas para a economia brasileira em 2019 apontam que a economia volta a se erguer em ritmo bastante lento e ainda há diversos desafios a serem enfrentados pelo país. O último relatório Focus de junho apontou que a expectativa para o crescimento do PIB e da produção industrial nacional vem caindo, chegando a 0,85% e 0,71%, respectivamente, bem abaixo da estimativa verificada no começo do ano, que era de, aproximadamente, 2,5% para o crescimento do PIB e 3% para a produção industrial. O relatório também indica que o mercado espera uma estabilização da taxa de câmbio, inflação abaixo da meta, mais redução da taxa básica de juros, que cairia do patamar de 6,5% para 5,5%, diferentemente  do que foi indicado nas últimas atas das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

ESTUDO

O Farol Economia Cearense, nesta edição, está dividido em sete partes. A primeira apresenta o Cenário Internacional; a segunda trata do Cenário Macroeconômico Cearense e Brasileiro de forma geral, observando alguns aspectos econômicos, como Produto Interno Bruto (PIB), Índice de Atividade Econômica, Formação Bruta de Capital Fixo, Investimento, Consumo das Famílias, Inflação, Taxa de Juros, Balança Comercial, Mercado de Trabalho, Expectativas de Mercado 2017 e 2018, Índice de Confiança dos Consumidores e Fatores de Incerteza.       Já na terceira parte é realizada uma análise dos principais setores da economia: Indústria, Comércio e Serviços. Na quarta é apresentada a situação do Mercado de Trabalho, enquanto a quinta aborda Finanças Públicas; a sexta trata sobre fatores de incerteza e a sétima elabora uma Síntese das Análises e Perspectivas.

Também são autores do Farol da Economia Cearense, além de Marília Firmiano,  Aprígio Botelho Lócio, assessor Técnico; os analistas de Políticas Públicas Paulo Araújo Pontes; Alexsandre Lira e Daniel Suliano, e a assessora Técnica Ana Cristina Lima Maia. A edição contou também com a colaboração de Tiago Emanuel Gomes dos Santos, técnico do Digep, e  de Natália Carvalho Araújo, bolsista da Funcap/Capp.

Clique aqui e acesse o Farol da Economia Cearense Nº 02/2019.

Assessoria de Comunicação do Ipece
(85) 3101.3509