Emprego com carteira assinada no Ceará tem queda de 7,7 mil vagas no 1º trimestre de 2019

12 de junho de 2019 - 14:28

O saldo de empregos com carteira assinada no Ceará, de janeiro a março de 2019, em comparação com igual período de 2018, foi negativo: – 7.777 postos. Nos três primeiros meses do ano, apenas fevereiro foi positivo, com 1.334 vagas, contra resultados negativos registrados em janeiro (-4.649) e março (-4.462). Dos 26 estados brasileiros e mais o Distrito Federal, apenas 13 apresentaram saldos positivos de empregos e 14 negativos. O Ceará, no ranking, ficou na 23ª colocação, a frente da Paraíba (-8.407 vagas de emprego); Rio de janeiro (-9.584); Alagoas (17.104) e Pernambuco, com menos 26.123 postos.  Os números estão no Ipece/Informe (nº 152 –junho/2019) – Análise da Dinâmica Trimestral do Saldo de Empregos celetistas na Economia Cearense, publicado hoje pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

Elaborado pelo analista de Políticas Públicas Alexsandre Lira Cavalcante, o trabalho tem como base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), disponibilizado pela Secretaria de Trabalho, órgão vinculado ao Ministério do Planejamento. Ao analisar o comportamento do saldo de empregos celetista do Ceará por setores, no primeiro trimestre de 2018 seis setores registraram saldos positivos de empregos com carteira assinada, caindo esse número para cinco no segundo trimestre, aumentando para oito no terceiro e caindo para apenas três no quarto trimestre do ano. No primeiro trimestre de 2019 novamente três setores registraram saldos positivos de emprego, quantidade bem abaixo do registrado em igual período do ano passado.

De acordo com o Analista de Políticas Públicas do Ipece, os setores que geraram mais vagas no mercado de trabalho cearense no primeiro trimestre de 2019 foram: serviços (+1.760 vagas); serviços industriais de utilidade pública (+140 vagas); e administração pública (+95 vagas). Por outro lado, as maiores perdas foram observadas nos setores de comércio (-4.284 vagas); construção civil (-3.714 vagas) e agropecuária (-1.209 vagas). “O mercado de trabalho cearense apresentou no primeiro trimestre de 2019, uma intensa destruição de vagas formais de trabalho, bem diferente da trajetória de criação de vagas apresentada no restante do país, revelando que outros estados a exemplo de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, estão apresentando dinâmicas bem distintas do mercado de trabalho local” – observa.

Alexsandre Lira afirma que a recuperação observada no mercado de trabalho formal nacional tem sido mais sustentável quando comparada ao estado do Ceará, que registrou apenas um saldo positivo para o primeiro trimestre nos últimos quatro anos. No entanto, ele ressalta que o problema está também presente em outros estados brasileiros, especialmente nos estados de Pernambuco e Alagoas que apresentaram fechamento de vagas muito maior. A principal explicação para o resultado negativo recai, em parte, sobre os fatores sazonais provocados pelo aumento de contratações de final de ano de empregados temporários, mas também por fatores conjunturais quando as expectativas empresariais, “que estão sendo bastante afetadas pelas decisões da política nacional”.

Clique aqui e acesse o Ipece Informe Nº 152 – Análise da Dinâmica Trimestral do Saldo de Empregos Celetista na Economia Cearense.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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