Emprego com carteira assinada tem segunda queda no Ceará em 2019

27 de maio de 2019 - 09:30

O saldo de empregos mensais com carteira assinada no Ceará, em março de 2019, foi negativo: – 4.638 postos. É o segundo resultado negativo deste ano, já que em janeiro foram menos 4.682 empregos, enquanto que em fevereiro o saldo foi positivo: 1.355 vagas. Dos 4.638 empregos destruídos, 3.442 foram na Região metropolitana de Fortaleza (RMF) e 1.196 no interior. O Ceará seguiu a tendência de queda no emprego celetista em todas as regiões e no Brasil, em março. Os números estão no Enfoque Econômico (nº 207 – Desempenho do Emprego Celetista Cearense em março de 2019) que acaba de ser lançado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

O trabalho, elaborado pelo analista de Políticas Públicas Alexsandre Lira Cavalcante, tem como base os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), disponibilizado pela Secretaria de Trabalho, órgão vinculado ao Ministério do Planejamento. O Brasil apresentou o primeiro saldo negativo de empregos com carteira assinada (-43.196 vagas) no mês de março de 2019. Esse resultado ficou bem abaixo do saldo de empregos gerados em fevereiro (+182.428 vagas) e também abaixo do saldo de empregos gerados em março de 2018 (+75.118 vagas).

Ele chama a atenção para o fato de que todas as regiões apresentaram destruição de vagas no mês de março de 2019. A maior redução ocorreu na região Nordeste (-23.728 vagas), seguida pelas regiões Sudeste (- 10.673 vagas); Norte (-5.341 vagas); Sul (-1.748 vagas) e Centro-Oeste (-1.706 vagas). “É possível afirmar que tanto o Brasil quanto o Ceará estão experimentando um novo momento de desaceleração do ritmo de contratações no mercado de trabalho” – observa.

Apesar do saldo negativo de empregos no Ceará em março, alguns municípios apresentaram saldos positivos, como, por exemplo, Caucaia (+152 vagas, que registrou maior número em março;  seguido por Canindé (+126 vagas); Itapipoca (+113 vagas); Várzea Alegre (+99 vagas); e Horizonte (+93 vagas). Em contrapartida, os maiores saldos negativos em Fortaleza (-2.827 vagas); Maracanaú (-303 vagas); Icapuí (-297 vagas); Sobral (-279 vagas) e Eusébio (-241 vagas). De acordo com Alexsandre Lira, apenas dois setores registraram saldos positivos de empregos celetistas: SIUP (+59 vagas) e APU (+54 vagas). O maior saldo negativo foi observado no setor da Construção civil (-2.188 vagas), seguido pelo Comércio (-1.022 vagas); Indústria de transformação (-549 vagas) e Serviços (-527 vagas).

Clique aqui e acesse o Enfoque Econômico nº 207 – Desempenho do Emprego Celetista Cearense em março de 2019.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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