Desemprego no Ceará recua em 2018, revela estudo do Ipece

26 de fevereiro de 2019 - 10:05

Ao longo de 2018, o recuo do desemprego no Ceará ocorreu de forma mais intensa, atingindo a taxa de 10 por cento no quarto trimestre do ano passado, embora a Taxa de Desocupação ainda esteja acima de dois dígitos e alta comparada ao período pré-crise. A do Brasil fechou o ano em 11,6 por cento. É o que revela o Termômetro do Mercado de Trabalho – 4º Trimestre de 2018/ Número 06 (2019) – que acaba de ser publicado pela Diretoria de Estudos Econômicos (Diec) do  Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).

O trabalho, que tem como autor Daniel Suliano, analista de Políticas Públicas, e como colaborador Aprígio Botelho, assessor Técnico do Instituto, observa que, após ter atingindo a máxima na série histórica no primeiro trimestre de 2017, a Taxa de Desocupação do Ceará e do Brasil seguiram uma tendência declinante, principalmente no Estado. No primeiro trimestre de 2018, o desemprego voltou a crescer em razão de fatores sazonais, mas desde o pico no primeiro trimestre de 2017 a Taxa de Desocupação vem caindo.
Do quarto trimestre de 2017 ao quarto trimestre de 2018 houve uma redução de 1,1 pontos percentuais no total de desocupados no Ceará – afirma Daniel Suliano, acrescentando que no Brasil, o recuo foi de apenas 0,2 ponto percentual, destacando que, do quarto trimestre de 2017 ao quarto trimestre de 2018, 41 mil pessoas saíram da Força de Trabalho. Neste mesmo período, 44.000 pessoas passaram para a situação de ocupados, enquanto “houve redução quase equivalente – 39 mil pessoas – do número de desocupados”.

O nível de ocupação do Ceará aumentou 0,3 ponto percentual (p.p) do quarto trimestre de 2017 ao quarto trimestre de 2018, enquanto nesse mesmo período o nível de desocupação apresentou queda de 0,6, ou seja, “ houve um aumento do lado da demanda de mão de obra a partir da elevação da ocupação e uma queda da oferta de mão de obra em razão da redução do nível de desocupados”. A elevação da demanda de mão de obra a partir do aumento do nível de ocupação foi plenamente transformada em redução de oferta de mão de obra em termos de desocupação.

Daniel Suliano destaca ainda que o nível de ocupação do Ceará no quarto trimestre de 2018 era 4,3 p.p., menor que o Nível de Ocupação do Brasil. Neste mesmo período, o a Desocupação do Brasil era apenas 1,5 p.p. acima da Desocupação do Ceará. A dinâmica do Mercado de Trabalho cearense revela que a diferença entre ocupados com relação ao Brasil tem-se reduzido, embora ainda exista uma diferença líquida (ocupados menos desocupados) de 2,8 pontos percentuais – conclui o Analista de Políticas Públicas do Ipece.

Clique aqui e acesse o Termômetro do Mercado de Trabalho – 4º Trimestre 2018 – edição nº 06.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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