Três artigos compõem nova edição do Boletim de Gestão Pública do Ipece

21 de dezembro de 2018 - 15:37

“Governo Lúcio Alcântara (2003-2006): contexto, principais ações, resultados e legados“; “Uma análise sobre a trajetória recente dos gastos com pessoal no Estado do Ceará” e “A importância da computação em nuvem (cloud computing) para a melhoria da gestão pública” são os três artigos que compõem a nova edição do Boletim de Gestão Pública (nº 09 – julgo/agosto) que acaba de ser lançada pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria do Planejamento e Gestão (Seplag) do Estado. O trabalho é coordenado por Cláudio André Gondim Nogueira, diretor de Estudos de Gestão Pública (Digep) do Instituto.

O primeiro artigo, que tem como autor Cláudio André Gondim Nogueira, argumenta que o Governo do Estado do Ceará vem buscando consolidar, ao longo dos últimos anos, um modelo de gestão pública para resultados (GpR), que teve como  ponto de partida formal o Governo Lúcio Alcântara (2003-2006). Assim – observa o autor – procurou verificar o contexto, as principais ações e os resultados mais relevantes do referido governo, procurando demonstrar que alguns de seus legados ainda são muito importantes para a consolidação da GpR. No caso, dentre esses legados destacam-se: o COGERF, que tem sido fundamental no assessoramento ao Governador e para a garantia do equilíbrio fiscal do Estado; o Ipece, que tem sido, e poderá ser cada vez mais, um gerador e um articulador de inteligência pública para o Estado;  a CGE, uma secretaria que vem desempenhando um papel fundamental nas atividades de auditoria, controle interno e ouvidoria, inclusive contribuindo para uma maior transparência das ações, políticas e indicadores do Governo do Estado; o FECOP, que tem sido muito importante para o combate à pobreza e à extrema pobreza no Ceará; e as operações com o Banco Mundial, que tiveram início com o SWAP I, e que têm sido muito relevantes para o processo de desenvolvimento do Estado nos últimos 15 anos.

Já o segundo artigo, que tem como autores Isadora Gonçalves Costa Osterno e Cláudio André Gondim Nogueira, utilizou as séries de despesa com pessoal total, ativo e inativo disponibilizadas por Santos et al. (2018) e os dados da receita corrente líquida (RCL) para formar três séries o Estado do Ceará: despesa com pessoal total sobre a receita corrente líquida (DPT/RCL), despesa com pessoal ativo sobre a receita corrente líquida (DPA/RCL) e despesa com pessoal inativo sobre a receita corrente líquida (DPI/RCL). Com base em dados bimestrais de 2008 até 2018 (até o terceiro bimestre), o estudo avaliou, por meio de uma análise descritiva, se há indícios de sustentabilidade na trajetória dos gastos com servidores do Estado no período. “No caso, pelos dados, é clara a tendência ascendente da despesa com inativos. Já a razão DPT/RCL parece ser estável ao longo do tempo”. A explicação é que a queda na despesa dos funcionários ativos foi suficiente para compensar o aumento com as despesas dos inativos. Mesmo assim, cabe o alerta ao Estado de agir o mais rápido possível na contenção de gastos com pessoal.

O terceiro artigo apresenta a importância da cloud computing, ou computação em nuvem, para a melhoria da Gestão Pública. Essa tecnologia já muito disseminada na iniciativa privada está mudando a forma como as administrações públicas estão fornecendo serviços para a população que envolve e necessita diretamente do uso da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Cada vez mais os sistemas e serviços utilizados, tanto pelos governos em suas estruturas internas além dos que são disponibilizados para a população, estão sendo migrados para a nuvem para torná-los mais ágeis, seguros, transparentes, mas acima de tudo aproximar mais a sociedade dos órgãos públicos. A computação em nuvem é considerada por diversos estudiosos como um novo paradigma da Tecnologia da Informação, mas está se tornando um componente essencial para novos negócios e organizações já estabelecidas desenvolverem estratégias que envolvam recursos de TIC. Com a implantação da nuvem haverá economia de implementação e manutenção dos sistemas governamentais, onde não será mais necessário adquirir e manter infraestruturas e servidores físicos de centros de processamento de dados, facilitando o acesso aos serviços disponibilizados de forma online, proporcionando maior transparência para o cidadão.

Clique aqui e acesse o Boletim de Gestão Pública – Maio/Junho 2018 – edição Nº 09.

Assessoria de Comunicação do Ipece
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