IPCA na RMF tem forte alta, fecha em 0,63% em outubro e acumulado no ano atinge 3,30%

6 de dezembro de 2018 - 15:05

Em outubro deste ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) apresentou forte aceleração, fechando em 0,63 por cento (acumulado no ano é de 3,30 por cento) com relação a setembro, quando o índice atingiu 0,28 por cento. Em outubro de 2017, o índice havia apresentado alta de 0,41 por cento. O resultado da RMF é o quarto maior das 16 cidades/regiões metropolitanas pesquisadas, ficando atrás somente de Porto Alegre, que registrou 0,72 em outubro; Campo Grande, com 0,71 por cento, e Vitória, com 0,70 por cento. O IPCA nacional, por sua vez, registrou inflação de 0,45 por cento. De acordo com o IBGE, este resultado é o maior para um mês de outubro desde 2015, quando o IPCA havia registrado 0,82 por cento.

Os números estão no Termômetro da Inflação Volume 1 – Número 11 – 2018, publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) por meio da Diretoria de Estudos Econômicos. O Ipece é um órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado. O acumulado no ano do IPCA nacional registrou 3,81 por cento até outubro de 2018, bem acima dos 2,21 por cento verificado em igual período do ano passado. Na RMF, o acumulado do ano até outubro é de 2,91 por cento, também bem acima dos 1,89 por cento registrado até outubro do ano passado. O menor IPCA em outubro foi constatado em Recife e Rio de Janeiro, ambos com 0,21 por cento.

O estudo revela que a alta dos preços, a partir de junho de 2018, tem acelerado em todas as regiões pesquisadas pelo Sistema Nacional de Índices de Preços ao consumidor (SNIPC), não obstante o recuo ocorrido em agosto. Para o Brasil, o acumulado dos últimos 12 meses no IPCA atingiu 4,56 por cento e, portanto, pouco acima do teto da meta de 4,5 por cento estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Na RMF, não obstante duas quedas, desde setembro o acumulado dos últimos doze meses vem acelerando tendo atingindo 3,30 por cento até outubro de 2018.

O Grupo Alimentação registrou forte alta de 0,59 por cento em outubro de 2018 no IPCA nacional, tendo na RMF registrado alta de 0,22 por cento. O Grupo Transportes, o segundo de maior peso na composição do índice, teve alta de 0,92 por cento no IPCA nacional e 0,83 por cento na RMF. O Item Combustíveis foi o destaque do grupo com 2,44 por cento no nacional e 3,14 por cento na RMF. Finalmente, deve-se observar que, embora com menor peso, o Grupo Artigos de Residência, Vestuário e Saúde e Cuidados Pessoais tiveram forte variação de 1,04 por cento, 0,76 por cento e 1,02 por cento, respectivamente, na RMF. Na RMF, o grande destaque ficou por conta do Grupo Habitação que possui o terceiro maior peso na composição do índice tendo registrado alta de 1,46 por cento. O Item Energia Elétrica Residencial teve o maior impacto com variação de 6,56 por cento

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos e que é calculado para dez regiões metropolitanas, além de seis municípios,  voltou, em outubro, a ter alta de 0,53 por cento. Em igual mês do ano passado, o índice foi de 0,43 por cento. No nacional, o índice também acelerou registrando alta de 0,40 por cento.

Clique aqui e acesse o Termômetro da Inflação – Vol. 1 ‐ edição nº 11.

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