Total de jovens “nem-nem” no Ceará atinge 690,5 mil e ranking é liderado por Alagoas

31 de outubro de 2018 - 14:54

A quantidade de jovens “nem-nem” no Ceará atingia quase um terço dos jovens (30,3 por cento), o equivalente a 690,5 mil, tendo como base o ano de 2017. O Estado, dentre as 26 unidades da Federação e mais o Distrito Federal, ocupava a sexta posição no ranking. Os primeiros lugares eram ocupados por Alagoas, com 37,4 por cento; Maranhão, com 34,2 por cento; Pernambuco, com 33,2 por cento; quarto o Acre, com 31,3 por cento, e o quinto lugar pelo Amapá, com 31,1 por cento. Os “nem-nem” são jovens na faixa etária de 15 a 24 anos que não trabalham e nem estudam.

Os números estão no Ipece/Informe (nº 135 – outubro/2018) – Condições socioeconômicas dos jovens cearenses e acesso ao mercado de trabalho entre 2012 e 2017, que acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado do Ceará. Tem como autor o analista de Política Públicas Victor Hugo, que integra a Diretoria de Estudos Sociais (Disoc) do Instituto.

Os demais estados do Nordeste – Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Sergipe, e Bahia – apresentam proporção de jovens “nem-nem” inferior à média cearense, mas o Ceará apresentou valor abaixo da média do Nordeste (31,2 por cento). No entanto, o Ceará possui aproximadamente 15 pontos percentuais acima de Santa Catarina (15,4 por cento), que é o estado brasileiro com menor proporção de “nem-nem”. Com respeito à média nacional (25 por cento), o Ceará possui 5,3 pontos percentuais acima do valor observado.

Levando em consideração a condição dos jovens na escola e no mercado de trabalho para cada idade, explica Victor Hugo, o estudo revela que a transição do jovem cearense para a condição de “nem-nem” se dá ainda durante a idade escolar. “A proporção de jovens nesta condição salta de cinco por cento para 20 por cento entre os 15 e 17 anos de idade, enquanto a proporção de jovens que estão na escola cai de 94 por cento para 74 por cento – incluindo jovens que estudam e trabalham. Quando o jovem alcança sua maioridade aos 18 anos, 39 por cento deles se encontram na condição de “nem-nem”, enquanto 25 por cento possuem alguma ocupação (incluindo aqueles que ainda estão na escola). Ou seja, pouco mais de um quarto (26 por cento) dos jovens aos 17 anos está fora da escola”.

O Analista de Políticas Públicas observa que a atual edição do Ipece/Informe busca realizar um diagnóstico das condições socioeconômicas dos jovens cearenses (15 a 29 anos de idade) no intuito de dimensionar o tamanho do público “nem-nem”. Para tanto, recorre-se à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, entre 2012 e 2017, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a qual apresenta informações trimestrais sobre condições socioeconômicas e de mercado de trabalho. Vale salientar que este Ipece inaugura uma série de estudos trimestrais sobre a juventude, a qual acompanhará o público “nem-nem” e as condições dos jovens no mercado de trabalho.

Clique aqui e acesse o IPECE Informe – Nº 135 – Relatório Anual sobre Condições Socioeconômicas e de Mercado de Trabalho da Juventude no Ceará 2017.

 

Assessoria de Comunicação do Ipece
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