48,7% dos jovens de Fortaleza já tiveram alguma experiência com álcool; Capital é a 19ª do ranking nacional

31 de outubro de 2018 - 16:12

O ranking dos municípios das capitais brasileiras quanto à experiência com álcool entre os jovens (faixa etária de 13 a 15 anos do 9º ano do ensino fundamental) apresenta um quadro preocupante quanto a este fator de risco. Em 2015, mais da metade dos jovens brasileiros já teve alguma experiência com álcool, isto é, aproximadamente 52 por cento. Dentre as 26 capitais do país e mais Brasília, o primeiro lugar do ranking é ocupado por Porto Alegre, com 71 por cento dos estudantes, enquanto Fortaleza está na 19ª posição, com 48,7 por cento, ou seja, 3,2 pontos percentuais abaixo da média brasileira, de 51,9 por cento. Macapá está no último lugar, com 41,5 por cento de seus estudantes.
Quanto à experiência com álcool de acordo com a dependência administrativa (escolas públicas e escolas privadas), a proporção destes estudantes matriculados em escolas públicas de Fortaleza teve uma redução de 15,8 pontos percentuais (p.p), passando de 68,1 por cento em 2009 para 52,24 por cento em 2015, apresentando a menor variação quando comparada ao Brasil e Nordeste (variações estas de 20,8p.p e 18,9 p.p, respectivamente). Já para as escolas privadas, é possível observar que esta mesma proporção passou por um aumento em 2012, atingindo o patamar de 67,6 por cento em Fortaleza, e em seguida sofreu uma queda para 41,5 por cento, chegando a menor proporção entre as regiões analisadas.
O Instituto de Pesquisa e estratégia Econômica do Ceará (ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Estado, acaba de publicar, por meio da Diretoria de Estudos Sociais, o Ipece/Informe (nº 136 – outubro/2018 – Fatores de risco à saúde em jovens: o consumo de cigarro, álcool e drogas ilícitas para Fortaleza, Nordeste e Brasil. O Trabalho, de autoria do analista de Políticas Públicas Victor Hugo, juntamente com a técnica Rayén Heredia Peñaloza, busca avaliar um panorama geral sobre alguns fatores de risco à saúde dos estudantes do 9º ano do ensino fundamental, dentre os quais se encontram o consumo de cigarro, bebidas alcoólicas e drogas ilícitas. Para tanto, realizou-se um comparativo entre os anos 2009, 2012 e 2015 utilizando os dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), do IBGE/Ministério da Saúde/Ministério da Educação.

DROGAS ILÍCITAS

Quando apresentado o ranking das capitais brasileiras com relação à experiência com drogas ilícitas (maconha e crack) dos estudantes, Fortaleza aparece em 14º lugar, com um percentual de 9,8 por cento dos estudantes que afirmaram já haver experimentado algum tipo de droga. Dessa maneira, Fortaleza estabelece uma diferença de 1,3 p.p acima da média brasileira, mantendo assim, a maior prevalência de uso de drogas entre as capitais do Nordeste em 2015. Brasília está com a maior prevalência de tal fator de risco (17,8 por cento dos estudantes), enquanto Natal destaca-se por ser a capital com a menor prevalência, com apenas 5,2 por cento dos estudantes.

Já no que diz respeito a experiência com cigarro em 2015, Fortaleza ocupa o 13º lugar no ranking dos municípios das capitais, com um percentual de 20 por cento, ficando 1,7 p.p. acima da média brasileira (18,3 por cento), distanciando-se das demais capitais do Nordeste, que demostraram ficar abaixo da média brasileira, sendo Recife a capital com o menor índice de experiência com cigarro entre os estudantes (12 por cento). Ao analisar a variação do consumo de cigarro entre os estudantes ao longo do tempo, constata-se que, enquanto em 2009 20,7 por cento dos estudantes afirmaram já haver experimentado cigarro em Fortaleza, em 2012 houve uma redução de um pouco mais de 1 p.p (passando para 19 por cento), porém aumentando novamente para 20 por cento em 2015.

Clique aqui para acessar o IPECE Informe – Nº 136 – Fatores de risco à saúde em Jovens: O consumo de Cigarro, Álcool e Drogas Ilícitas para Fortaleza, Nordeste e Brasil.

 

Assessoria de Comunicação do Ipece
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