PIB cearense fecha em 1,55% no 1º trimestre de 2018 e acumulado atinge 2,67%, resultados que superam desempenho nacional no mesmo período

13 de julho de 2018 - 13:10

O Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará, no primeiro trimestre de 2018, fechou em 1,55 por cento em relação a igual período de 2017, quando o índice ficou em -0,66 por cento. No acumulado dos quatro últimos trimestres a alta atinge 2,67 por cento. Os números cearenses são superiores aos registrados no Brasil, na mesma relação, de 1,2 por cento e 1,3 por cento, respectivamente. O desempenho cearense obtido nos primeiros três meses do ano é superior em 0,26 por cento quando comparado ao quarto trimestre de 2017, quando atingiu 0,16 por cento. Os dados da economia cearense acabam de ser divulgados pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), órgão vinculado à Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) do Governo do Ceará. O Instituto também lançou nova edição do Ipece Conjuntura – Boletim da Conjuntura Econômica Cearense (1º trimestre de 2018). O analista de Contas Regionais do Instituto Nicolino Trompieri Neto, ao iniciar a explanação, falou sobre a importância do resultado do PIB, que mais uma vez superou índice nacional.

Dos três setores que compõem o PIB –  Agropecuária, Indústria e Serviços – o primeiro apresentou crescimento de 23,82 por cento no primeiro trimestre de 2018 em relação a igual período do ano anterior, quando fechou em 1,66 por cento ( isso pelo valor adicionado, que é a contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas, obtida pela diferença entre o valor de produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades). Portanto, a agropecuária – mesmo levando em consideração que é, dentre os três setores o que tem menor peso no cálculo do PIB (4,49 por cento de participação) – apresentou melhor resultado, contribuindo em muito para o desempenho do Índice. O resultado, inclusive, também superou o nacional, de -2,6 por cento nos três primeiros messes de 2018. O setor agropecuário do Estado, no acumulado dos últimos quatro trimestres, atingiu 34,54 por cento.

Já o setor Serviços apresentou, no primeiro trimestre de 2018, o segundo melhor resultado no período, com 0,86 por cento, enquanto que em igual período de 2017 o índice foi de -0,34 por cento. No segmento, o destaque foi o Comércio, com 2,96 por cento, número que superou os índices do primeiro e segundo trimestre de 2017, respectivamente -0,83 por cento e 1,07 por cento. Em seguida, Transportes, com 0,83 por cento; Alojamento e alimentação com 0,74 por cento, e Intermediação financeira, com 0,60 por cento. Administração pública e outros serviços ficaram negativos no primeiro trimestre deste ano: -0,01 e -0,41 por cento.

A Indústria, no primeiro trimestre de 2018, apresentou índice negativo, de -1,16 por cento, após duas altas consecutivas: terceiro trimestre e quarto trimestre de 2017, com 0,42 por cento e 2,08 por cento, respectivamente. No acumulado dos quatro últimos trimestre, o índice fechou em -0,30 por cento. Dos quatro segmentos que compõem a Indústria, dois apresentaram evolução: Transformação, com 3,34 por cento, e Eletricidade, gás e água, com 1,29 por cento. No entanto, duas grandes baixas: Extrativa Mineral, com -11,45 por cento, e Construção civil, com -6,21 por cento.

ÍNDICE

O PIB é um indicador que mostra a tendência do desempenho da economia cearense no curto prazo. Além do Ceará, mais sete estados brasileiros realizam o cálculo de sua economia trimestralmente: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo, que utilizam a mesma ponderação das Contas Regionais. É calculado com base nos resultados dos três setores, Agropecuária, Indústria e Serviços, e desagregados por suas atividades econômicas. É importante ressaltar que, como indica somente uma tendência de crescimento ou arrefecimento da economia, suas informações e resultados são preliminares e sujeitos a retificações, quando forem calculadas as Contas Regionais definitivas, em conjunto com o IBGE e as 27 Unidades da Federação.

CONJUNTURA

O Ipece Conjuntura – Boletim da Conjuntura Cearense (1º trimestre de 2018) apresenta análises do cenário econômico internacional e nacional, os quais servem de parâmetros para reflexão sobre o desempenho da atividade econômica do Ceará. A publicação tem como objetivo atender a demanda do setor público e privado por informações de curto prazo da economia cearense. O Boletim contempla uma série de seções envolvendo indicadores que traduzem o dinamismo conjuntural da economia cearense a partir das três grandes atividades: agropecuária, indústria e serviços. No caso dos serviços, sua análise comporta a Pesquisa Mensal dos Serviços (PMS) e o comércio varejista (comum e ampliado).
O Mercado de Trabalho tem como base a PNAD contínua do IBGE e a evolução do emprego formal a partir dos dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Comércio Exterior e Finanças Públicas são outras duas seções que analisam os referidos temas.  O Boletim Ipece Conjuntura tem como autores os analistas de políticas públicas Daniel Suliano; Alexsandre Lira Cavalcante; Nicolino Trompieri Neto; Paulo Pontes e Witalo de Lima Paiva; a assessora Técnica  Ana Cristina Lima Maia Souza e, como colaboradores, Heitor Gabriel Silva Monteiro; Lilian de Sousa Pereira e  Matheus dos Santos Carvalho. A coordenação Geral foi de Adriano Sarquis Bezerra de Menezes, diretor de Estudos Econômicos  (Diec) do Ipece.

Clique aqui e acesse a Apresentação do PIB 1º Trimestre de 2018.

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Veja a Apresentação do Ipece Conjuntura – 1º Trimestre de 2018.

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