Exportações cearenses tem leve queda de 4,24% em maio de 2018 e importações crescem 59,8%
19 de junho de 2018 - 11:01
As exportações cearenses somaram, em maio de 2018, US$ 143,8 milhões, menor valor observado no ano, apresentando uma queda de 4,14 por cento quando comparadas ao total exportado em abril do mesmo ano. Com relação ao mês de maio de 2017, o resultado mostrou uma redução de US$ 61,5 milhões. Enquanto isso, as importações registraram US$ 295,7 milhões, significando aumento de 59,8 por cento quando comparadas a abril de 2017, enquanto que em relação a maio do ano passado cresceram 62,9 por cento. Da pauta de exportação do Estado, o destaque ficou para Produtos Metalúrgicos, com participação de US$ 419,9 milhões no acumulado de janeiro a maio deste ano, equivalente a 53,6 por cento. Os dados estão no Enfoque Econômico (nº 192) – Comércio Exterior Cearense – Maio de 2018, que acaba de ser publicado pelo Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Com esse resultado, o saldo da balança comercial cearense, em maio, foi novamente negativo em US$ 151,9 milhões, representando um aumento no déficit de 334 por cento quando comparado ao saldo de abril do mesmo ano. A corrente de comércio exterior cearense (soma dos valores exportados e importados) alcançou em maio deste ano US$ 439,5 milhões, obtendo um aumento de 13,6 por cento quando em relação ao mesmo período de 2017. Também foi o maior resultado observado quando comparado aos demais meses de 2018. A balança comercial cearense apresentou déficit de US$ 310,5 milhões no acumulado de janeiro a maio de 2018, valor maior do que o verificado nos cinco primeiros meses de 2017 (US$ 107,16 milhões). A corrente comercial do período foi de US$ 1,87 bilhão, 6,9 por cento maior do que a observada no mesmo período de 2017.
No acumulado de janeiro a maio de 2018 o valor das exportações do Ceará foi de US$ 783 milhões, registrando queda de cinco por cento em comparação aos cinco primeiros meses de 2017. As exportações nacionais alcançaram o valor de US$ 93,4 bilhões e o Ceará participou com 0,84 por cento desse valor, abaixo do verificado em 2017, que era de 0,94 p por cento. Nas exportações nordestinas, o Ceará é o quarto maior exportador, participando com 11,8 por cento das exportações da região. Em 2017 sua participação era de 12,4%. As importações cearenses nos cinco primeiros meses de 2018 obtiveram um crescimento de 17,4 por cento em relação ao mesmo período de 2017, alcançando o valor de US$ 1,09 bilhão, maior resultado para o período desde 2015.
Os produtos Metalúrgicos, como já citados, foram os mais exportados pelo Ceará acumulado de janeiro a maio de 2018, seguindo o padrão estabelecido em 2017. O setor exportou US$ 419,9 milhões, 53,6 por cento da pauta do Estado, registrando queda de 6,2 por cento, relativamente aos cinco primeiros meses de 2017. Calçados e suas partes aparecem em segundo lugar no ranking de produtos mais exportados nos cinco primeiros meses do ano de 2018, com 13,7 por cento (US$ 107,3 milhões). Comparado ao mesmo período de 2017, houve um decréscimo nas exportações do setor de 8,2 por cento. Castanha de caju foi o terceiro produto mais exportado, gerando uma receita de US$ 40,79 milhões, representando 5,2 por cento da pauta cearense, resultado que, em comparação com o acumulado de janeiro a maio de 2017, apresenta crescimento de 6,97 por cento.
Os itens da indústria de alimentos e bebidas ocupam o quarto lugar da pauta exportadora, com receita de US$ 38,47 milhões (4,9 por cento). Em comparação mesmo período de 2017, houve queda foi de 5,3 por cento. Dos principais produtos exportados Frutas foi o setor que apresentou o maior crescimento nas exportações (497 por cento). Em 2018, o estado exportou US$ 28,9 milhões, bem acima do valor exportado em 2017 (US$ 4,8 milhões). Dos principais produtos exportados pelo estado, apresentaram queda, além dos já citados, os seguintes setores: Couros e Peles (-42 por cento); Obras de pedra e gesso (-11,15 por cento); e Ceras vegetais (-9 por cento). Os dez principais setores e produtos exportados responderam por 92,8 por cento de tudo o que foi vendido externamente pelo Ceará nos quatros primeiros meses de 2018.
DESTINOS
Os Estados Unidos continuam na posição de principal parceiro na compra dos produtos cearenses. Nos primeiros cinco meses de 2018, o país absorveu 22,2 por cento do total exportado pelo Estado, representando um valor de US$ 173,7 milhões. Em comparação ao mesmo período de 2017, foi observada uma queda nas vendas para o país de 18,3 por cento. Para o país foram exportados principalmente: Produtos Metalúrgicos (41 por cento); Produtos da Indústria de alimentos e Bebidas (15,5 por cento); Castanha de caju (10,9 por cento) e Calçados e suas partes (10,3 por cento).
A Turquia foi o segundo maior comprador de produtos cearenses no acumulado de janeiro a maio de 2018, com participação de 11,9 por cento, com crescimento de 71,2 por cento do valor exportado para o país. Os principais produtos adquiridos pelo país foram: Produtos metalúrgicos (77 por cento), Produtos da indústria de alimentos e bebidas (23,3 por cento); Castanha de caju (20,3 por cento); Calçados e suas partes (19,2 por cento) e Máquinas e equipamentos (14,5 por cento). O terceiro maior importador de produtos cearenses foi o México, cuja participação foi de 10 por cento no acumulado de janeiro a maio de 2018. Nesse mesmo período do ano passado a participação era menor (14,4 por cento).
A pauta de importação cearense no acumulado de janeiro a maio de 2018 foi liderada pelo segmento de Combustíveis minerais, com o montante de US$ 506,1 milhões. Esse valor representou 46,3 por cento da pauta, significando um crescimento de 42,9 por cento, relativamente ao mesmo período de 2017. Os produtos em destaque dentro desse grupo foram: Hulha betuminosa, não aglomerada e Gás natural liquefeito.Em seguida aparecem os Produtos da Indústria Química com participação de 9,75 por cento da pauta importadora do Ceará e com crescimento significativo (59,7 por cento) no acumulado de 2018, comparado ao mesmo período de 2017. A importação de Maquinas, aparelhos e materiais elétricos foi de US$ 78 milhões, respondendo por 7,1 por cento do total importado.
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Assessoria de Comunicação do Ipece
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