Fortaleza é a primeira no ranking das capitais brasileiras na redução da extrema pobreza entre 2016/2017

5 de junho de 2018 - 11:10

Dentre as 26 capitais de estados brasileiros e mais o Distrito Federal, Fortaleza foi a que mais reduziu a extrema pobreza entre 2016 e 2017, atingindo percentual de -52,3 por cento, ou seja, de 115.617 para 55.038 pessoas, o que representa, em termos absolutos, 60.579 fortalezenses. Com essa redução, a taxa de extrema pobreza em Fortaleza passou de 4,4 por cento em 2016 para 2,1 por cento em 2017. O Decreto 8.794, de 29/06/2016, estabelece que o Programa Bolsa Família atenda às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, caracterizadas pela renda familiar mensal per capita de até R$ 170,00 e de R$ 85,00, respectivamente.

Entre 2016 e 2017 ocorreu aumento da extrema pobreza na maioria das capitais do Brasil, sendo que o índice mais elevado foi registrado em Natal (Rio Grande do Norte), com 123,1 por cento. No total, 19 capitais apresentaram aumentos em suas taxas de pessoas em situação de extrema pobreza. As capitais que se destacaram por elevações superiores a 50 por cento, além de Natal, foram: Manaus (114,3 por cento), Salvador (90,9 por cento), Aracaju (71,9 por cento), Porto Velho (62,9 por cento), Brasília (56,3 por cento) e Macapá (53,6 por cento). Em números absolutos, o maior aumento ocorreu em Salvador, 86.672 pessoas entraram na extrema pobreza.

Apenas oito capitais, além de Fortaleza, apresentaram redução na proporção de extremamente pobres: Vitória (-36 por cento), Cuiabá (-27,3 por cento ), Goiânia (-26,3 por cento ), Belo Horizonte (-22,2 por cento ), João Pessoa (-17,6 por cento ), Teresina (-15,8 por cento ) e Recife, com -2,7 por cento.  Os dados – e muitos outros – estão no Enfoque Econômico (Nº 191) Extrema Pobreza: uma análise comparativa das capitais no período recente, que tem como autores Jimmy Lima de Oliveira, analista de Políticas Públicas, e Dércio N. Chaves de Assis, assessor Técnico de Estudos Sociais, ambos do Ipece.
O trabalho foi elaborado com base nos microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual, referente à primeira visita, publicados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Devido às mudanças metodológicas na realização da pesquisa, é possível comparar apenas os dois últimos anos. Sobre Fortaleza, o estudo observa que o resultado “pode ser possivelmente atribuído ao crescimento de rendimentos de outras fontes, como programas sociais, dado que os rendimentos oriundos do mercado de trabalho cearense para as pessoas de menor nível educacional acompanham o mau desempenho da economia brasileira nos últimos anos”.

Clique aqui e acesse o Enfoque Econômico Nº 191 – Extrema Pobreza: uma análise comparativa das capitais no período recente.

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