Ipece divulga PIB do Ceará de 2016
24 de março de 2017 - 19:52
Apesar de negativos, os números mostram desaceleração de queda
No 4º e último trimestre do ano passado o PIB cearense registrou índice de -3,98%. “Sempre comparamos os números com o mesmo período do ano anterior e vemos, claramente, uma desaceleração de queda, tendo em vista que o PIB do Ceará no 4º trimestre de 2015 atingiu -7,74%.”; afirmou o analista de políticas públicas e coordenador de contas regionais do Ipece, Nicolino Trompieri.
Outros sete estados divulgam análise do PIB trimestral. Todos que divulgaram até a presente data também, apresentaram resultados negativos. O pior índice foi observado no Espírito Santo (-6,9%), seguido da Bahia (-5,5%), Ceará
(-3,98%.) e São Paulo (-2,3%). Os Estados de Goiás, Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul ainda não divulgaram os resultados do PIB no 4º trimestre de 2016, bem como o resultado do ano.
Setores
Todos os setores/atividades apresentaram queda no PIB no último trimestre de 2016. O pior índice foi registrado no setor da Agropecuária (-18,03%), em seguida no de Serviços (-4,29%) e por fim na Indústria (-2,72%). Já o PIB de 2016, avaliado por setores, fechou em queda na Agropecuária (-8,02%), Indústria (-6,64%) e Serviços (5,52%).
PIB Nacional x PIB Cearense
Em 2016 a taxa anual do PIB Cearense foi inferior ao PIB do Brasil. No Ceará o índice foi de -5,33%, enquanto o PIB nacional foi de -3,6%. O diretor geral do Ipece, Flávio Ataliba, explica que vários fatores influenciaram negativamente. Ele destaca a política monetária conservadora do Banco Central que, segundo Ataliba, aumentou a recessão principalmente nos Estados que têm como principal fonte de riqueza o setor de serviços. No Ceará o setor representa 75% do PIB. “Os juros elevados implicam em maior endividamento das famílias, restrição de crédito no mercado e desemprego. Esse elementos combinados têm um efeito devastador no setor de serviços, que depende de demanda interna, da própria economia cearense.” , afirmou Flávio Ataliba.
O diretor do Ipece lembra ainda que o PIB de 2016 não leva em consideração o início do funcionamento da Companhia Siderúrgica do Pecém, que tem impacto relevante na economia do Ceará a partir de agosto de 2016. “Não utilizamos os números porque as estatísticas utilizadas pelo Ipece, dependem de informações oficiais do IBGE.”, explica o diretor.
Expectativas para 2017
Para o diretor geral do Ipece, a economia brasileira começa a apresentar sinais de recuperação e para o ano de 2017 as expectativas são positivas. Flávio Ataliba afirma que, pelo ciclo econômico, quando se chega a um nível mais baixo, naturalmente se inicia o processo de recuperação. “Eu acho que a recuperação em 2017 no Estado do Ceará será muito forte acompanhada do alto volume de investimentos que o Ceará fez e continua fazendo. Isso vai impulsionar a volta de um longo período de crescimento.” Afirmou o diretor geral do Ipece.
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Gráfico: Evolução do PIB Trimestral Ceará e Brasil -1º Trimestre de 2011a 4º Trimestre de 2016
24.03.2017
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